Já falei de Audrey Hepburn por aqui, na verdade falei de Bonequinha de Luxo, um dos seus mais famosos e celebres papéis. No papel de Holly Golightly ela encantou o mundo, e transformou a sua imagem em um ícone de beleza.
Mas tudo tem um começo. E em 1953, ela teve a sua primeira grande oportunidade, para mostrar a sua beleza e o seu talento. E ela deu conta do recado!
A Princesa e o Plebeu, Roman Holiday no original, é uma espécie de história de Cinderela às avessas.
Uma princesa riquíssima tem uma crise nervosa por causa da agenda cheia de compromissos repetitivos e entediantes: o que ela quer é apenas viver como uma garota normal.
Então durante a noite foge do seu palácio e acaba encontrando não um príncipe encantado, e sim um jornalista interesseiro, que a reconhece (embora ela não saiba disso) e quer conseguir uma reportagem exclusiva que lhe renderá uma enorme quantia de dinheiro.
Como disse, esse foi o primeiro grande filme de Audrey. E Hollywood e o mundo, ainda não a tinha descoberto, essa pequena jóia. O seu companheiro de tela, e famoso ator, Gregory Peck, já sabia.
Ele sugeriu que o nome de Audrey, aparecesse primeiro nos créditos, porque segundo ele, ela ainda seria uma grande atriz.
E no papel da Princesa Ann, em busca de um tempo de diversão, Audrey conseguiu equilibrar beleza, sofisticação, delicadeza e um brilho no olhar, que é visível, mesmo o filme sendo em todo preto-e-branco.
Pela sua pouca experiência, Audrey deixou o diretor, William Wyler ( que ainda dirigia Ben-Hur, e voltaria a trabalhar com Audrey, anos depois) louco em uma cena, porque ela não conseguia chorar, o que resultou na filmagens de vários takes.
Gregory Peck, já tinha uma carreira estabilizada, e aceitou o papel em uma comédia, porque nunca tinha feito nada do gênero. Não o considero extremamente bonito, porém, com todo o seu charme, uma sobrancelha característica e um olhar firme, que consegue ser carinhoso e forte ao mesmo tempo, não dá para resistir ao seu Joe Bradley.
O filme é bem montando, e concentra a maioria das cenas de drama para o final, então dá para divertir bastante até lá, mas já aviso: Aqui também tem uma estória tocante, então prepare o lencinho para o seu final, que é real, bonito e emocionante.
Eu achei o roteiro um pouco chato em algumas partes, e as piadas não são tão engraçadas assim, mas não tira a beleza da película. E nem leva a minha opinião sobre o roteiro a sério, já que ele ganhou o Oscar de Melhor Roteiro.
Outro Oscar que o o filme levou? O de Melhor Atriz para Audrey Hepburn. Nada mal para uma novata, não?
Há ainda, diversos filmes da carreira de Audrey para ver, e estou começando a conhecer mais a fundo, a de Gregory Peck.
Se o resto dos filmes dos dois, forem tão bons quanto, A Princesa e o Plebeu, será uma bela jornada.
Fanny Ladeira
Nota: Não reservarei nenhuma sessão especial para três filmes de Audrey Hepburn, que mesmo assim vale a pena serem vistos são eles:
- Sabrina de 1954, que ainda trás no elenco Humphrey Bogart e William Holden;
- Quando Paris Alucina de 1964, onde Audrey volta a fazer par com William Holden;
- Minha Bela Dama de 1964, com Rex Harrisson;
O Brasil está na moda. Hollywood resolveu invadir, e a Bienal do Rio de Janeiro, que esse ano homenageia o nosso país, vai estar a toda!
Então, vamos voltar os olhos para o cinema nacional, e falar sobre um filme, que considero muito bem produzido e apaixonante!
Próxima Sessão: Lisbela e o Prisioneiro
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Fanny Ladeira!