quarta-feira, 31 de outubro de 2012

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Resenha: Tempt me At Twilight

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Lisa Kleypas Tempt Me at TwilightLivro: Tempt me At Twilight

Autora: Lisa Kleypas

Editora: St. Martin’s

Nota: 3,5 estrelas

*Livro não lançado no Brasil – Compre aqui com frete grátis

Poppy Hathaway ama incodicionalmente a sua família, apesar disso, ela deseja normalidade. O destino a leva a encontrar Harry Rutledge, un enigmatico dono de hotel, e inventor de uma arma de fogo, poderosa e letal. Quando o flerte dos dois ameaça a sua reputação, Poppy choca a todos ao aceitar a proposta de casamento dele, somente para encontrar um marido que oferece a sua paixão, mas não a sua confiança.

Harry estava disposto a fazer qualquer coisa para ganhar Poppy – exceto abrir o seu coração. Durante toda a sua vida, ele segurou o mundo a uma distância segura…mas Poppy quer ser a sua mulher de todas as formas. Assim, a medida que o desejo aumenta entre os dois, um inimigo fica nas sombras. Agora se Harry quer que Poppy fique do seu lado, ele precisa aceitar uma união de corpo e alma, de uma vez por todas.

Eu sinto falta da época de quando ia na livraria, e escolhia um livro aleatoriamente, que nunca tinha ouvido falar. Hoje em dia, com a quantidade de blogs e material sobre os livros que leio por aí, fica um pouco difícil comprar um livro que não ouvi nada, já que a lista de livros recomendados cresce cada vez mais.

Em uma das andanças pela Livraria Cultura do Conjunto Nacional, com a Thais, do Insane Little Things, eu encontrei esse, Tempt Me at Twilight, perdida nas milhares de prateleiras daquele lugar que só posso chamar de Paraíso (hahah).

Gostei da sinopse, e estava precisando de um romance e por isso, resolvi levar. Era um livro que eu nunca tinha ouvido falar, de uma autora desconhecida e resolvi apostar que o meu feeling estava funcionando.

E não é que estava?

Já falei isso antes, mas volto a repetirr. Quem pensa que todos esses romances são iguais, você está completamente enganado(digo isso, porque também achava isso).

Cada estória trás uma gama de elementos e de singulariedade que é incrível ler cada um deles. Claro que como qualquer gênero há muita coisa parecida, mas por enquanto estou dando sorte e pegando estórias bem diferentes.

O que é mais interessante nesse livro, é o relacionamento de Poppy com a sua família e posteriormente o dela com Harry. Esse é um mocinho com vários pontos negativos, mas que aprende de uma forma ou de outra, a lidar com a esposa.

Além disso, fiquei encantada como a autora resolveu trabalhar o relacionamento dos dois. Nada de resolver logo o conflito entre os dois, e meter outro empecilho diferente pelo caminho, é o casal que tem que tirar as suas próprias barreiras, para serem felizes.

Também gostei que nada é imediato, nenhum sentimento e nenhuma resolução. Mas isso só faz que todos os acontecimentos serem mais especiais.

Não tem muitas cenas hot’s, mas Harry é totalmente irresistível, então se preparem para ficar suspirando um pouco.

Esse livro faz parte de uma série que conta o romance da família Hathaway. Nesse parte das irmãs já se casaram, mas eu partcularmente não me importo de começar esse tipo de série na metade.

Tem mais graça ler a partir do primeiro? Sim, mas se é para conhecer o trabalho da autora, tudo é valido.

A série Hathaways

Mine Till Midnight Seduce Me at Sunrise Tempt Me at Twilight Married By Morning Love in the Afternoon

A série é composta por 5 livros, sendo:

Mine Till Midnight – Amelia - 2007

Seduce Me at Sunrise - Win - 2008

Tempt Me at Twilight  - Poppy - 2009

Married by Morning - Leo - 2010

Lonve in the afternoon - Beatrix – 2010

Pretendo ler todos, e a medida vou colocando as resenhas de cada.

Fanny Ladeira

Lisa Kleypas é uma autora americana, ela é vencedora do prêmio RITA, e tem mais de 30 livros publicados. Todos os seus três romances comteporaneos entraram na lista do New York Times, Lisa vive no estado de Washington com seu marido e três filhos para mais informações, acesse o seu site: http://www.lisakleypas.com/

domingo, 28 de outubro de 2012

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…Eu acredito que vou ler mais um capítulo.

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Todo mundo deveria acreditar em alguma coisa, eu acredito que vou ler outro capítulo. 

Hoje, 29 de Outubro se comemora o Dia Nacional do Livro, sem confundir com 23 de abril que é o Dia Mundial do Livro.

Temos duas datas separadas para comemor esse importante instrumento de conhecimeto, e eu acho MUITO digno que ele seja lembrado duas vezes por ano.

Claro, que para quem ama ler, o dia do livro é igual o dia das mães, dos pais, dia das mulheres: É todo dia!

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“A coisa mais estranha sobre as pessoas que leêm muitos livros, é que elas sempres quere ler mais.”

Mas sabemos que isso não é uma realidade detro do nosso país, porém não estou aqui para falar de como está o nível de leitura do brasileiro, muito menos tentar mostrar como poderemos contornar isso ( eu sou só uma assistente de Comécio Exterior), mas estou aqui para falar o quanto eu amo ler.

Eu sei que já falei isso antes, mas parece um assunto que nunca se esgota.

Além da vontade de escapar da realidade, de aprender, de vivenciar uma experiência que não é possível, ou plausível ou que não é prazerosa, quando pegamos um livro queremos que ele seja um porto para aquele momento. Um escape.

Claro que não são todos.

Assim como acontece com as pessoas que conhecemos pelo caminho da nossa vida, alguns livros são irrelevantes para a nossa jornada. Você leu, ele não agregou nada (talvez você até já sabia disso), mas você leu mesmo assim.

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“Eles não são livros, tufos de papéis sem vida, mas mentes vivas nas prateleiras”

Mas tem aqueles livros que se alinharmos, poderia contar a história da sua vida. Não propriamente a estória da sua vida, mas se eles pudessem falar, eles contariam quais eram as suas expectativas, sonhos e tristezas naqueles momentos.

Eles poderiam ilustrar, sem nenhuma dificuldade (Pq são livros muito bons, e eles fazem iso muito bem), que tipo de pessoa que você, que tipo de pessoa você já quis ser, e até mesmo te confrontar se você se tornou a pessoa que menos queria se tornar.

E do mesmo jeito que você é um pedacinho de cada livro que leu, eles tem um pedacinho seu.

De novo, se eles pudessem falar, eles poderiam dizer exatamente como era a pessoa quando ela o começou, e o quanto ela mudou lendo as sus páginas, mesmo que tenha sido de uma forma involuntária.

Porque a vida nos muda (ou nos mudamos de acordo com a vida),  e no caso se alguns, essa mudança pode estar diretamente ligada a uma série, a um livro, a um capítulo, a uma páginas, e até mesmo a uma única frase.

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“Livros são o avião, o trem, e a estrada. Eles são o destino e a jornada. Eles são o lar”

Posso soar extremamente sentimental ( ou louca, você escolhe) se dizer que acredito em cada palavra que escrevi acima? E posso soar até mais louca, ao afimar que não estu sozinha nesse time?

Isso faz sentindo, certo? Todos os livros que li durante a minha vida, serem parte do que eu sou hoje?

Claro que faz!!! (pelo menos na minha cabeça)

Muitas pessoas falam dos cheiros dos livros, eu não ligo muito para o cheiro, mas não posso negar o  sentimento de nostalgia e cumplicidade que toma conta de mim. Como eu já disse, ali está um porto seguro. Ou pelo menos o cheiro do meu porto seguro.

No Dia Nacional do Livro, você pode comprar um livro para uma pessoa, pode comprar um livro para você, pode ler um livro novo, ou reler um antigo. E pode inclusive, não ler livro nenhum!

Mas durante o resto dos 364 dias, vamos nos lembrar (ou descobrir) o nosso amor pelos livros. Esse amontoado de papel, que pra alguns pode não significar nada, mas que para uma pessoa especifica pode transformar o seu mundo.

Que cada livro, seja o livro que vai transformar a sua vida, e quando chegar no fim dela, você possa se orgulhar de ter buscado mais, sempre mais.

Fanny Ladeira

Fonte: Todas as fotos saíram do facebook do Book Riot.

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Resenha: Charlotte Street

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Livro: Charlotte Street

Autor: Danny Wallace

Editora: Novo Conceito

Nota: 2,5 estrelas

Tudo começa com uma garota... (porque sim, sempre há uma garota...) Jason Priestley acabou de vê-la. Eles partilharam de um momento incrível e rápido de profunda possibilidade, em algum lugar da Charlotte Street.

E então, em um piscar de olhos, ela partiu deixando-o, acidentalmente, segurando sua câmera descartável, com o filme de fotos completo... E agora Jason — ex-prodessor, ex-namorado, escritor e herói relutante — se depara com um dilema.

Deveria tentar seguir A Garota? E se ela for A garota? Mas aquilo significaria utilizar suas únicas pistas, que estão ainda intocáveis em seu poder...

É engraçado como as coisas algumas situações se desenrolam...

“__ Você tem doze fotos – ele disse. – Doze momentos para capturar. É limitado. Então, toda vez que você captura um naquela caixinha, você tem um a menos. Mas, na hora que você tira a última foto, é melhor ter certeza de que aquele momento é especial, pois e se o próximo vier e você tiver que deixá-lo ir?”

Eu não tinha olhado duas vezes para Charlotte Street, mas após a minha companheira de leitura e quase economista Thais da Mata do Insane Little Things, ter me mostrado o quanto a sinopse desse livro era promissora, pus na lista do To Read (que está incrivelmente enormeee!)

Na semana seguinte, comprei e já começei a ler de cara. 

Danny Wallace me surpreendeu com o seu estilo de escrita, que tem um toque de David Nicholls, mas que ao mesmo tempo coloca muita coisa diferente dentro da estória, lhe dando um toque bem pessoal. Eu dei muita risada, principalmente com o amigo Jason, Dev, e soltei uma risadona quando ele fala:

“__ Meu irmão, as pessoas têm filhos por muito menos.”

Jason é tipo de protagonista com quem você simpatiza de cara, principalmente pelo fato da vida dele, estar muito longe do que seria o esperado, e ele não tem nenhuma perspectiva de mudança.

Ao longo do livro, você vai descobrindo mais coisas sobre ele, e por isso vai amando ainda mais ( e o odiando um pouco), mas nunca perdendo a simpátia pelo personagem. Ele é uma pessoa boa, que fez algumas escolhas ruins.

A estória se passa em Londres, e a maior parte da ação do livro se passa em Charlotte Street , mas aí entra uma questão que gostaria de ressaltar.

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Charlotte Street em Londres. (Sempre bom ter uma visão do que é realmente o lugar, não?) – Fonte: Adliterature

O livro, apesar de estar expressamente escrito na capa que é ‘uma história de amor’, passa um pouquinho longe disso.

Claro, que ao encontrar a camera, a jornada de Jason para secobrir a sua dona é romantica, mas o livro foca no caminho e no que Jason tem que mudar, aprender e deixar para trás, para poder encontrar ela.

É um livro muito bom, bem escrito, e com uma estória envolvente e interessante, mas eu particularmente não classificaria como uma estória de amor, e isso refletiu na minha expectativa final.

Eu esperava um coisa e veio outra, e isso querendo ou não foi um pouco decepcionante. Talvez se não estivesse esperando que acontecesse X, eu curtiria muito mais esse livro.

Outro ponto, e eu não quero soar chata, mas em vários momentos as pessoas ao se referirem a moeda, falavam “4 Reais; 18 Reais”.

A estória se passa em Londres, e nós vivemos em um mundo muito globalizado e todo sabemos que na Inglaterra é libra, pode colocar a moeda do país que a gente entende normalmente. Eu queria dizer que isso não em incomodou, mas estaria mentido.

Como disse anteriormente, o livro merece ser lido sim. Só não espere um romance propriamente dito ( e como estamos acostumados com dos livros da Novo Conceito) dele.

Fanny Ladeira

Daniel Frederick Wallace é produtor de filme escocês, comediante, escritor, ator e apresentador de rádio e televisão. Seus livros incluem Join Me e Sim Senhor. Ele mora em Londres, com sua esposa, uma publicitária australiana.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

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Resenha: Mordida

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Mordida Livro: Mordida – Série Insaciável

Autora: Meg Cabot

Editora: Galera Record

Nota: 2 estrelas

*Essa resenha contém SPOILER para quem não leu o primeiro livro da série, Insaciável. Para ler a resenha clique aqui!

O poder especial de Meena Harper finalmente será valorizado. A Guarda Palatina – uma poderosa unidade secreta que caça demônios – a contratou para trabalhar na filial de Manhattan.

A questão é: seu ex-namorado, Lucien Antonesco, é filho do Drácula e o príncipe da escuridão. Tudo bem, Meena decidiu que já chega de vampiros em sua vida... Ao menos até que consiga provar que, mesmo não tendo alma, os seres demoníacos não perderam a capacidade de amar.

Os elementos vampirescos retornam, mas Cabot tenta manter as atitudes de todos o mais próximo da realidade, e do que pode vir acontecer.

Fantasiando, mas tentando manter o realismo necessário nesse tipo de estória.

Insaciável já tinha algums elementos um pouco fora, que por causa das mudanças provocadas pelo final, ficaram ainda mais destacados e em alguns momentos parece que estamos no meio de um episódio de Supernatural.

Eu estava com medo desse livro. Várias pessoas falaram que não parecia escrito pela Meg, e isso me assustou. Afinal, apesar dela ter mais de 70 livros escritos, eu nunca duvidei que ela não escrevesse cada um deles, e não queria que um livro demonstrasse isso.

E ainda não duvido.

Na verdade, após ler Mordida, continuação de Insaciável, Cabot continua com a estória de Menna de uma forma diferente e que pode surpreender a todos pela honestidade e o caminho não tão prevísivel que a estória segue.

O mais importante, esse livro ficou com cara de ‘não ser Meg’ porque ( e aqui estamos trabalhando com uma suposição), porque eu honestamente acredito que ela perdeu o encanto pela estória.

Eu senti que não era a Meg ali, porque ela só queria terminar de contar aquela estória (talvez pela obrigação contratual, talvez porque queria terminar a estória para aqueles que gostaram).

E quem sou eu, para criticar uma escritora que teve uma parte tão importane da minha vida. E sério, uma pessoa que trabalhou tanto, e tem tantos livros bons, tem direito a perder a paixão durante um projeto. Acho que isso não só com ela, isso acontece com todos nós.

A estória perdeu um pouco da essência original, mas ainda se sustenta, não é um livro impossível de ler, e para quem é fã da autora, vale a leitura, nem que seja só para terminar a série.

E se a Meg teve problema em escrever essa série, podemos comemorar: Finalizamos uma série, Meg!

Agora Vamos para as próximas! =D

Fanny Ladeira

MEGMeg Cabot, também conhecida como Jenny, Patrícia ou como os fãs a chamam: DIVA!!  Ela nasceu na Indiana, e morou em diversos lugares dos EUA, como na Califórnia. Trabalhou durante 10 anos em um dormitório estudantil da NYU, e saiu quando os seus livros começaram a fazer muito sucesso. Hoje tem mais de 40 obras, e no Brasil tem Fan base enorme e fiel. Seu livro de maior sucesso é a série O Diário da Princesa, que foi adaptado para os cinemas. Meg, mora atualmente em Key West, Flórida, com o seu marido Benjamim, e a sua gata caolha, Henrietta.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

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Resenha: Lembra de mim?

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lexie Livro: Lembra de mim?

Autora: Sophie Kinsella

Editora: Record

Nota: 3,5 estrelas

Lexi desperta após um acidente de carro em um leito de hospital, pensando que está em 2004, que tem 25 anos, uma aparência desleixada e um namoro desastroso.

Mas, para sua surpresa, ela descobre que está em 2007, tem 28 anos, é chefe de seu departamento e sua aparência está impecável. E ainda é casada com um lindo milionário!

Ela não pode acreditar na sorte que teve. Mas conforme ela descobre mais sobre a nova Lexi, nota problemas graves em sua vida perfeita. E, para completar, o uma revelação bombástica pode ser sua única esperança de recuperar a memória.

“O negócio com relação a desistir é que nunca sabemos.

Nunca sabemos se poderíamos ter conseguido.

E estou farta de não saber sobre a minha vida”

Já falei aqui antes, e não faz muito tempo. Kinsella está se tornando uma das minhas autoras favoritas. Ela é divertida, leve e sempre tem uma estória nova, com um toque de originilidade único.

Menina de vinte (que qianda vou fazer a resenha, que achei que tinha feito a muito tempo) ainda é meu livro favorito, mas Lembra de mim? é igualmente divertido.

É como ficar em casa assistindo aquela comédia romantica, que apesar de ser um pouco prevísivel, te surpreende, tem um roteiro consistente e de uma estranha maneira, lhe deixará com um sorriso no rosto.

Eu realmente gostei muito da Lexi, e dá para entender que a medida que a vida vai empurrando a gente para o inevitável, para muitas pessoas chega uma hora em que não dá mais. A hora da virada.

Mas é igualmente interessante pensar que mesmo em um lugar bem acima do que nós sonhamos, ou esperamos, para a nossa vida, tem um espaço para o ‘real eu’.

Também é um lembrete para todos nós que estamos buscando nosso lugar ao sol profissionalmente: Vale tudo? Tudo mesmo?

Eric é um chatoo que eu não conseguiria viver junto. Tipo, uma vida sem carboidrato???

Enquanto Jon, é a maça proibida e incrivelmente atraente. Mas será que podemos confiar nele?

OP livro é curtinho e aleitrua é leve na medida certa. Ainda não peguei nenhum livro da série Becky Bloom, mas mesmo assim, Kinsella já me fez virar uma book-a-hollic por seus livros.

Fanny Ladeira

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Sophie Kinsella é escritora e ex-jornalista de economia. É autora da coleção que conta as aventuras de Becky Bloom, que virou filme estrelado por Isla Ficher. Seus livros já foram traduzidos para mais de 30 idiomas.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

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Cinema no Restaurante: A Outra Terra

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Faz um tempo em que eu não escrevo nessa coluna por diversas razões. Talvez a mais importante, e que tenha maior significado para o sumiço, era pelo fato que eu não estava mais tão encantada pelo cinema.

Não me entendam mal. Eu amo esse mundo mágico, e não trocaria por nada.

Porém, até o mesmo puro amor, sem regar vai ficando seco.

Assisti a vários filmes, até que me deparei com A Outra Terra, Another Earth no original. E esse pequeno e independente filme, não só regou o meu jardim, como fez chover por 3 dias. HA!

6a00d8341c2f0953ef016303d1025a970d-700wiNa noite da descoberta de do nosso planeta duplicado dentro do nosso sistema solar (Apelidada de Terra 2), o caminho de uma jovem estudante ambiciosa,Rhoda (Brit Marling), e um compositor de sucesso, John (William Mapother) se cruzam em um trágica acidente.

 

Quando os primeiros exploradores partiram do oeste para cruzarem o Atlântico, a maioria pensava que o mundo era plano. A maioria pensava que se você navegasse para o oeste, cairia de um plano em nada. Estas embarcações à vela que navegavam rumo ao desconhecido, não carregavam os nobres ou aristocratas, artistas, comerciantes. Eram tripuladas por pessoas vivendo no limite da vida. Os loucos, órfãos, ex-presidiários, párias…como eu.

Como uma criminosa, eu sou uma improvavel candidata para a maioria das coisas.

Mas talvez não para esta.

Talvez eu seja a mais indicada.”

Não é um filme de sci-fi, apesar do tema sugerir.

Sim, com chegada desse planeta irmão da Terra, o mundo se volta para o céu para contemplar com uma assustadora curiosidade essa novidade.

Para Rhoda o universo sempre fascinou, porém quando a sua vida muda drasticamente, parece que é somente ao contemplar e pensar no universo, é que ela consegue um pouco de tranquilidade.

Eu estou passando por uma fase de ser apaixonada pelo Cosmos, e ficar horas pensando na invastidão do nosso universo. Quando isso acontece, nos sentimos tão pequenos e sem importância, e por isso achei incrível, ser usado esse mesmo escape para o drama interno de Rhoda.

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Rhoda não é má, mas uma atitude sem pensar, causou um dano enorme na sua vida, e na de John. Rhoda vive os seus dias, como se esperasse o fim dela, mas ao mesmo tempo como uma alma sozinha que gostaria de ser resgatada.

Em um parte do filme, alguém fala como seria chegar em um lugar em que ninguém te conhecesse, e você não soubesse se comportar. Talvez um lugar assim fosse o mais indicado para a nossa triste protagonista.

Nao me leve a mal, o drama do John também é muito triste, talvez até mais triste do que o Rhoda, mas viver com culpa é muito angustiante, e a medida que ela vai tentado de alguma forma ajudar a John, vamos percebendo que a nuvem na cabeça dela vai diminuindo de tamanho         (mas nunca sumindo).

anotherOs atores principais são muito bons. Brit é linda, e William sempre vai ser pra mim o Ethan de Lost, mas aí não muito culpa dele.

A direção ficou a cargo de Mike Cahil, que apesar de não ter muito experiência em direção, foi o responsável pelo roteiro, e definiu o filme como a externelização do sentimento de solidão da vida.

É ótimo vermos filmes leves e sem pretenção, mas é SIMPLESMENTE sensacional assistir um filme que te faz desejar, se importar e pensar.

Fanny Ladeira

 

Próxima Sessão: Downton Abbey ( A série)

domingo, 14 de outubro de 2012

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Cinema no Restaurante: O Retorno

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Olá galera,

Já faz um tempo que essa coluna não dá as caras no Blog, né?

É, eu sei. E estava extremamente chateada comigo mesma, por não postar ela como costumava. Tentei entender, porque o meu amor pelo cinema já não era o mesmo, e a resposta foi a seguinte:

O amor estava se diluindo.

Estava ali, ainda era um sentimento forte, mas como já fazia alguma tempo que não assistia alguma obra inspiradora, eu estava perdendo o amor que tinha.

A solução foi correr atrás do prejuízo. Assisti vários filmes indicados a Cannes, Oscar. Entre vários bons e outros regulares, acabei descobrindo vários ótimos, e até mesmo um que se tornou um dos meus favoritos.

Aproveitei, e assisti novamente a filmes que me encantaram, e que me fizeram amar a 7º arte em primeiro lugar.

Por isso anuncio que semana que vem, a coluna volta regularmente, e primeiro filme dessa volta será:

Another Earth

Espero vocês!

Fanny Ladeira

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Resenha: Extras

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Livro: Extras – Série Feios

Autor: Scott Westerfeld

Editora: Galera Record

Nota: 2 estrelas

ALERTA: Essa resenha contém Spoiler, para quem não leu os outros livros da Série: Feios, Perfeitos e Especiais.

No quarto livro da série, A Era da Perfeição ficou no passado. A libertação promovida graças aos esforços de Tally Youngblood deu fim a uma cultura onde a beleza e as modificações cerebrais, que transformavam todos em avoados, eram a base do sistema. Nesse novo mundo onde Aya Fuse — não apenas uma Feia de 15 anos, mas uma Extra — tenta sobreviver, existe uma coisa muito mais importante e poderosa do que a beleza: a fama.

Ocupando o 451.611º lugar em uma tabela que mede a popularidade das pessoas, Aya é só uma Extra nesse complexo sistema social. Mas a descoberta de um grupo de misteriosas meninas que se arriscam a surfar em trens magnéticos pode ser a oportunidade perfeita para alcançar o seu lugar no topo. Uma matéria tão boa que irá despertar o interesse de todo mundo, incluindo alguém há muito desaparecido.

“(…) __ E para encher essas cidades falsas, eles contratavam centenas de pessoas diferentes para ficar andando . Mas essas pessoas diferentes não estavam na história de forma alguma, somente faziam parte do cenário. Eram figurantes extras.

(…)__ Não se sente assim, Aya-chan? Como se rolasse uma grande estória e você estivesse presa no cenário?”

Eu gostei muito quando li o primeiro e segundo livro da série. Apesar de algumas coisas a série prometia muito, afinal como não ficar totalmente fascinada por um mundo onde todas as perspectivas mudaram? 

Apesar disso, já no 3º livro da Especiais, e a estória já começava a perder o folego. Infelizmente o último volume de uma série que prometia tanto, não encontrou o caminho de volta para a Perfeição.

Não me entenda mal, o livro ainda tem vários elementos interessantes.

A libertação provocada pela Tally em Especiais, teve um efeito no mundo de outra forma. As pessoas agora são medidas de acordo com a sua popularidade, e isso determina com quem elas andam o que elas tem direito e aonde elas moram. (Mais ou menos o que acontece no nosso mundo, certo?)

O livro é focado na estória de Aya Fuse, que é menos chata que Tally (HA!), porém a obsessão de Aya se funde com a a obsessão do seu ambiente. Ela quer ser famosa, e por isso, precisa postar tudo em seu canal, e assim aumentar a sua reputação.

A matéria certa, pode levar ela ainda mais longe, para isso ela começa a perseguir um grupo e descobre um segredo que pode mudar a cidade.

É muito interessante fazer o link entre o mundo de Aya, e a constante atualização das redes sociais de hoje em dia. O que achei um ótimo truque de Westerfeld, mas que não surpreende quem já conhece o trabalho dele.

Porém, o segredo escondido no livro não é interessante. Tally aparece mais para o meio da estória, mas parece outra pessoa, e tenho que dizer que nada o que acontece nesse livro, contribui para o que já foi contado da estória anteriormente.

Lógico, é legal saber o que aconteceu com o mundo depois que Tally os libertou? Sim.

E a busca de Aya por um lugar ao sol no Hall da Fama, não chega a ser muito desinteressante. Mas no final, a sensação é que foi um livro com um intuito: ganhar dinheiro.

O que é uma pena! Porque a série começou muito bem, e foi pelo caminho contrário nos últimos dois volumes.

Não desisti dos trabalhos de Westerfeld, e estarei orgulhosamente na fila para pegar seu autografo mês que vem ( ele vai passar por SP e RJ, e assim que tivermos mais detalhes divulgo por aqui), porém não sou fã cega e admito, Série Feios poderia ter sido melhor.

Mas fica a proposta para você ler por si mesmo, e tirar as as suas próprias conclusões. Afinal, se tem uma coisa que a série sempre ensinou foi: não deixar ninguém pensar por você.

Fanny Ladeira

 

Scott Westerfeld é americano e divide o seu tempo entre Nova York e Sidney, tem diversos livros lançados e já foi indicados a diversos prêmios conceituados como o Best Books for Young Adults 2006 da American Library Association. A Série Feios começou a ser lançada em 2005 e possui mais 4 livros, além de um guia.