Pedro Almodóvar é um gênio.
Ponto, Travessão, outra linha.
Definido isso podemos trabalhar em cima da premissa, de que os seus filmes já podemos esperar: pequenas obras-primas, originais e cheia de cores. E com Volver, filme lançado em 2008, ele adiciona mais um filme para lista.
Volver conta a estória de três gerações de mulheres de uma família, ligadas por segredos, ressentimentos e amor. Depois da morte da tia, a mãe de Raimunda ( Penélope Cruz) e Sole (Lola Dueñas) volta da morte para tentar ajudar as filhas a consertarem as suas vidas, porque a coisas que só os fantasmas conseguem consertar.
O roteiro bem escrito,e a direção palpável de Almodóvar, dão o tom do filme. Você sabe que está assistindo um filme dele, e mesmo que se o filme não fosse dele, saberia da onde tinha vindo a inspiração. O roteiro é característico e surpreendente. A cada momento você se assusta com as direções que o filme toma, mas é um susto bom!
Você pensa que o filme irá focar em uma só coisa, e de certa forma ele faz, focando na relação de mãe e filha, mas a tantas nuances exploradas no filme que nada não fica muito repetitivo. Além do mais, ao falar de mulheres comuns e trabalhadoras, ele consegue dar uma vivacidade maior ao filme.
Almodóvar gosta de cores, e conseguiu atingir o ponto certo. Mas o seu grande triunfo é o elenco.
Com um foco maior em Carmem Maura, de Mulheres a beira de um Ataque de Nervos, que era a grande musa de Almodóvar na década de 80, e que ficou 20 anos sem falar com o diretor. E chegando na musa atual dele, Penélope Cruz, que já provou a muito tempo que tem talento.
Cruz, sempre foi uma interrogação na minha vida. Eu como grande fã da Nicole Kidman, fiquei um pouco avessa á ela, quando ela foi apontada como o grande pivô na separação entre Kidman e Cruise. Depois que ambas deixaram Cruise para trás, com as suas loucuras e filmes de gostos duvidosos ( Encontro Explosivo, alguém?), conseguiram ganhar melhor destaque, e eu pude finalmente deixar tudo o que pensava dela para trás, e com o seu talente conseguiu me conquistar.
E em Volver, Cruz consegue atingir o ponto alto, maior do que até em Vicky Cristina Barcelona. Por ter um sotaque forte, assistir a um filme em que ela fala em espanhol, dá um alívio muito grande.
A melhor cena é dela, cantando á música Volver, com coração e a alma dentro da cena, claro que não é ela propriamente cantando, mas a cena é tão envolvente que você deixa passar esse pequenito detalhe.
Volver, significa Voltar.
Um filme incrível, e que vai para a lista dos “filmes Europeus que merecem serem vistos!”
Fanny Ladeira
*Semana que vem tem Oscar! E por isso falaremos do filme que concorre a 13 indicações.
Próxima Sessão: O Discurso do Rei
Ai, eu não gostie desse filme... Pode ser pelo fato de ter visto em uma época que não tava com humor para esse gênero... Mas sei lá...
ResponderExcluirMil beijos.
@mariaclarabruno
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