Livro: O Teorema Katherine
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Nota: 5 Estrelas
Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada.
Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.
Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.
“’Eles estão é com inveja’, ela dizia. Mas Colin sabia que não era isso. Não estavam com inveja. Ele simplesmente não era ‘gostável’. Às vezes é simples assim.”
Deixa eu falar um coisa sobre o autor desse livro, John Green. O cara é um gênio de sua especialidade, porque só isso para explicar a genialidade excessiva que encontramos no seu livro, the abundance ne katherines no original.
Não somente a genialidade do personagem principal, Colin, que tem um dom que invejo muito, ser autodidata. Não a genialidade de Hassam, que apesar de não ter tão inteligente quanto o seu amigo, ainda consegue ser acima da média e acompanhar o pensamento rápido de um menino prodígio.
A genialidade do livro está em ele contar uma estória relativamente comum e até um pouco clichê (menino que leva o chute da namorada e atravessa o país para viver uma aventura), mas juntando elementos únicos, e uma destreza monstro, ele dá a esse livro um toque leve e gostoso.
Para quem leu A culpa das estrelas, pode ficar com medo de chorar litros de novo, mas fiquem tranquilos, aqui o choro vai vir é das risadas.
O diálogo dos dois personagens, Colin e Hassam são tão divertidos, que já até separei o livro para reler em um futuro próximo.
Tem uma sequência mais para o final que envolve uma tarde em floresta, uma fuga de javali e uma luta. Eu li na rua, mas não consegui me controlar e devo ter parecido uma louca rindo para um livro, mas não me segurei.
“__ Medo, Colin fez uma piadinha. Esse lugar é mágico para você. Só é uma pena o jeito como vamos morrer aqui. Tipo, falando sério. Um árabe e um meio-judeu entram numa loja no Tennesse. É o começo de uma piada, e no final vai ter a palavra ‘Sodomia’.”
E palmas por em um mundo tão sem amor ao próximo, ter colocado um mulçumano e um meio-judeu como amigos.
As Katherines também tem um papel importante, ao mostrar que todos estão abertos a serem dispensados por qualquer um por um motivo idiota. =P
Sem contar que a destreza de John Green também se resume em se mostrar tão dentro da situação, e tão atento tantos pontos que até pensamos em vários momentos, de se tratar de uma estória em parte auto-biográfica.
“Mas Colin sempre podia contar com os livros. Os livros são o melhor exemplo de Terminado: deixe-os de lado e eles esperarão para sempre; dê-lhes atenção e sempre retribuirão seu amor.”
Foi assim como Quem é você , Alasca?, foi assim como Paper Town, e só não foi assim com A Culpa é das estrelas, porque a personagem principal é uma menina. E acontece a mesma coisa com esse.
No final, o resultado do Teorema é mostrar que qualquer estória na mão de uma pessoa genial, pode tornar um livro em um momento eureka.
Eureka, John!
Fanny Ladeira
John Green é um dos escritores norte-americanos mais queridos pelo público jovem e igualmente festejado pela crítica. Autor best-seller do The New York Times, premiado com a Printz Medal eo PrintzHonor da American Library e com Edgar Award, foi duas vezes finalista do prêmio literário do LA Times,além de ser envolvido em vários projetos, como o The Lizzie Bennet Diaries. Mora com a mulher, Sarah, e o filho em Indianápolis, Indiana.
Livro: O Inferno de Gabriel

Sophie Kinsella é escritora e ex-jornalista de economia. É autora da coleção que conta as aventuras de Becky Bloom, que virou filme estrelado por Isla Ficher. Seus livros já foram traduzidos para mais de 30 idiomas. No blog você pode encontrar as resenhas de 