Livro: A Menina que não sabia ler
Autor: John Harding
Editora: Leya
Nota: 3,0 estrelas
Em uma distante e escura mansão, onde nada é o que parece, a pequena Florence é negligenciada pelo seu tutor e tio. Guardada como um brinquedo, a menina passa seus dias perambulando pelos corredores e inventando histórias que conta a si mesma, em uma rotina tediosa e desinteressante. Até que um dia encontra a biblioteca proibida da mansão e passa a devorar os livros em segredo.
Porém, existem mistérios naquela casa que jamais deveriam ser revelados. Por que Florence sonha sempre com uma misteriosa mulher ameaçando Giles, seu irmão caçula? O que esconde a Srta. Taylor? E por que o tio a proibiu de ler?
Florence precisa reunir todas as pistas possíveis e encontrar respostas que ajudem a defender seu irmão e preservar sua paixão secreta pelos livros – únicos companheiros e confidentes – antes que alguém descubra quem ousou abrir as portas do mundo literário. Ou será que tudo isso não seria somente delírios de uma jovem com muita imaginação?
Desde que esse livro foi lançado, ele entrou na minha lista de leitura. A capa, a sinopse, o título. Tudo me atraiu, e finalmente tive a alegria de conseguir ler.
Ler não, Devorar. Marquei que ia ler umas 50 páginas no dia, e acabei lendo o livro inteiro!
A estória que mistura suspense, um pouco de ação e muito mistério, me acertou em cheio, e me vi completamente envolvida nas páginas.
Florence, “a menina que não sabia ler” do título, na verdade sabe ler, mas teve que aprender por conta própria, já que não foi enviada para uma escola, porque o seu tio, uma presença forte e dura na sua vida, que mesmo assim, ela nunca conheceu, acredita que a educação para mulheres seja uma perda de tempo.
Sem uma educação apropriada, ela consegue se refugiar dentro dos livros, e evitar a solidão, quando o seu irmão mais novo, Giles, é enviado para uma escola.
Essa mesma educação capenga, baseado só nos livros que ela lê, na maioria thrillers e livros de suspense, torna Florence, muito vulnerável para o mundo externo. E quando uma ameaça real, chega na mansão, ela analisa tudo do ponto de vista, de um romance de fantasia.
Por exemplo, enquanto Florence, tenta desvendar o que a Srta. Taylor quer com o seu irmão, o leitor mais atento consegue juntar as peças muito antes do final, e fica só, a vontade de ver como a menina juntará os cacos, e até onde a sua imaginação vai levar os acontecimentos.
Eu só não gostei do clímax final, que ficou muito cheio de idas e vindas, entretanto e no final somos deixados com um ponto de interrogação na cabeça a respeito de Florence.
O livro foi baseado em um clássico de Henry James, mas como não li nada do autor, não posso dizer se fez uma boa homenagem.
Uma ótima leitura!
Fanny Ladeira
John Harding é autor do best-seller inglês We Did on Our Holiday que foi adaptado para uma série de TV. É crítico literário do Daily Mail e vive em Londres
Ah... Li esse livro já há algum tempo e me decepcionei com ele. O final foi muito vago e os delírios de Florence me entediaram logo, para um bom entendedor era óbvio o que se passava... (Risos) Acho que meu emocional desejava um final feliz para Srta. Taylor e Giles... Até mesmo para o podre Theo.
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