* ATENÇÃO: Esse filme foi classificado com censura para 16 anos.
Dorian Gray (Ben Barnes) é um belo e ingênuo jovem, levado à alta sociedade local por Henry Wotton (Colin Firth), que lhe apresenta os prazeres hedonistas da cidade. Basil Hallward (Ben Chaplin), um artista que frequenta este meio, resolve pintar um retrato de Dorian, de forma a capturar sua beleza jovial.
Ao ver o quadro Dorian faz a promessa de que daria tudo, até mesmo sua alma, para permanecer sempre com o visual nele estampado. A partir de então Dorian não mais envelhece, mas todos os pecados que comete e a idade que chega são demonstrados no retrato, cada vez mais terrível. Para que ninguém mais o veja, Dorian decide esconder o retrato no sótão de sua casa.
“Lord Henry Wotton: O que é você?
Dorian Gray: Eu sou o VOCÊ me fez! Eu vivi a vida que você queria….mas nunca ousou tê-la. Eu sou tudo, que você tinha medo de ser.”
Adaptações de grandes livros, é sempre complicado. De um clássico, famoso e conhecido no mundo inteiro, a tarefa se torna ainda mais perigosa. São muitos os pontos em que a estória pode sofrer e a legião de fãs e admiradores da obra, nunca mais te esqueceram por isso.
O Retrato de Dorian Gray, livro de Oscar Wilde, um dos maiores escritores irlandeses do século 19. O livro foi lançado em 1890, e logo foi sucesso, principalmente, pelo conteúdo considerado forte, e com tendências homossexuais.
Por ser um livro tão importante, ele já teve diversas adaptações,inclusive um filme horrível, em que Dorian é trazido para o século 21, e interpretado por Josh Duhamel. O personagem apareceu, até mesmo em A Liga Extraordinária.
Olive Parker, tinha um grande desafio nas mãos, e acredite ou não, conseguiu dar conta do recado.
O filme que foi filmado em 2008, lançado na Inglaterra e em outros mercados em 2009, e só chegou no Brasil em 2011, é uma produção independente, por isso o atraso. Mas não ligue esse atraso com a qualidade do filme.
O trabalho de adaptação ficou muito bom, apesar de terem mudado muitas coisas, conseguimos ver com clareza, a ascensão e a queda de Dorian. E Parker, caprichou bastante na queda.
Algumas críticas falaram que o filme apelou demais para o sexo, mas apesar de várias ( VÁRIAS, VÁRIAS!) cenas, não consegui sentir isso, e olha que sou super contra cenas de sexo sem sentido em filmes. Isso para mim é apelação. Mas em Dorian, você entende que aquelas cenas, são necessárias para mostrar como o personagem se entregou totalmente a libertinagem. É muito sexo, drogas, cigarros e luxos!
O filme contém algumas cenas de homossexualismo, nada muito extenso, alguns beijos e uma cena sugestiva, que não mostra nada.
A fotografia do filme, assim como os figurinos que estão impecáveis. Principalmente de Dorian, que gradativamente, vai ganhando roupas mais bonitas e chiques.
Eu assisti esse filme, pela primeira vez ano passado, baixando pela internet, porque achei que ele NUNCA ia ser lançado no Brasil. Felizmente, esse ano, ele chegou em alguns cinemas brasileiros.
Na minha cidade, Jundiaí, eles tem uma sessão que se chama Sessão de Arte, e exibem filmes que não tem uma grande circulação, e Dorian Gray entrou na programação.
Como disse, já havia visto o filme, no computador, mas tive uma outra perspectiva dele vendo no cinema. Ele tem o espaço na tela, e te puxa para dentro da história, tudo fica mais envolvente, e o filme ganha mais poder.
Essa mesma sessão tinha um elevado público feminino, e a maioria estava ali por causa, de Colin Firth, que faz um personagem menor mas importante para a trama, Lord Henry Wotton, e uma oportunidade de ver ele dentro de um papel mais perigoso, já que ele geralmente, faz mais comédias românticas.
Entretanto, eu fui atraída por esse filme por um motivo, e ele tem nome e sobrenome: Ben Barnes. O único filme que tinha assistido dele na época, tinha sido os da série Nárnia, e foi bom ter pegado um filme que ele se destaca tanto, já que em Bons Costumes, ele não tem brilho e o filme é horrível.
Sim, ele ainda tem alguns pontos para evoluir, mas não podem negar que ele faz um trabalho muito digno, como Dorian. As mudanças do personagens são drásticas e gradativas, e ele conseguiu passar isso.
Uma das minhas partes favoritas, é quando Lord Wotton faz uma aposta com Gray, e ele acaba dormindo com uma menina , e depois com a mãe dela.
E que a produção fez um grande favor conosco, e colocou ele em uma boxe preta, ao invés daquelas ridículas ceroulas brancas da época. Obrigada Sra. Figurinista!!!
Além de Colin e Ben, o elenco ainda conta com Ben Chaplin, excelente no papel de Basil Hallward, que é claramente apaixonado por Dorian. Rebecca Hall (Emily Wotton) e Rachel Hurd-Wood (Sybil Vane) fecham o elenco de destaque feminino. Enquanto, Rebecca ( ela está no ótimo Vicky, Christina, Barcelona) está bem, em um papel que não existe no livro, ela interpreta a filha de Lord. Rachel Hurd-Wood (a Wendy de Peter Pan), que é tem um papel importante em toda a trama, está super apagada e mostra pouca química com Barnes.
O grande problema desse filme, ficou para a edição. Em várias cenas importantes foram feitos cortes drásticos, como se a pessoa tivesse cortado sem perceber e ficou assim. Nas cenas de sexo também percebemos que foram utilizados várias partes, mais de uma vez.
Quero reforçar novamente, que esse não é um filme para se assistir com a prima de 9 anos. E considerando que tem muitas cenas fortes, você pode chegar a não gostar.
O filme passa longe de ser o mais fiel, e se você ler as criticas do site IMDb, vai ver que a maioria que não gostou do filme, porque ele não adaptou com fidelidade o livro, alguns até citam que ele não ‘substitui o livro’.
Eu estou para encontrar um filme, que possa substituir o livro. Até mesmo O Senhor dos Anéis – O retorno do Rei, um dos melhores filmes que já vi, deixou de lado uma parte importante e bonita do livro.
E assim, no final, apesar de tudo temos uma boa ótima sessão!
Fanny Ladeira
* A editora Landmark, relançou o clássico, com a capa do filme, para conhecer mais sobre essa edição, que é bilíngüe clique aqui.
* A Juliana, autora e blogueira, criou um Fan site dedicado exclusivamente ao Ben Barnes, o Ben Barnes World , que está saindo do forno, mas já é possível perceber a qualidade, e que será uma boa base de informação e fotos do ator.
Próxima Sessão: O Mágico de Oz
Wow! Demorei para ler esse texto. Toda hora parava para ver as imagens... kkk
ResponderExcluirEu não achei nenhum cinema passando esse filme então vou vê-lo no pc mesmo.
Vou confiar em você e assistir mesmo sem ter lido o livro, que é óbvio que não o substitui, apenas vou passá-lo na frente =P
Beijos,
Vanessa Pereira
Nerds Leitores
@Vanessa
ResponderExcluirhahah salvei umas 20 fotos para essa resenha, e não coloquei mais porque ia ficar estranhoo!...ahahahhahahaha