segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

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Resenha: Anna e o Beijo Francês

annaeobeijoLivro: Anna e o Beijo Francês

Autora: Stephanie Perkins

Editora: Novo Conceito

Nota: 3,5 estrelas

Anna Oliphant não está nada entusiasmada com a ideia de se mudar para Paris. Porém, seu pai, um famoso escritor norte-americano, decidiu enviá-la para um colégio interno na Cidade Luz. Anna prefere ficar em Atlanta, onde tem um bom emprego, sua fiel melhor amiga e um namoro prestes a acontecer. Mas, ao chegar a Paris, ela conhece Étienne St. Clair, um rapaz inteligente, charmoso e bonito, que além de muitas qualidades, tem uma namorada..

Anna e Étienne se aproximam e as coisas ficam mais complicadas. Será que um ano inteiro de desencontros em Paris terminará com o esperado beijo francês? Ou certas coisas simplesmente não estão destinadas a acontecer?

Hoje eu vou fazer a resenha em duas partes. A primeira é para você que acompanha o blog ou apareceu por acaso, e quer uma opinião sucinta e rápida sobre o livro.

Anna e o Beijo Francês, é tudo o que um livro adolescente tem que ser. Condizente, alegre, divertido e com um toque de irresponsabilidade. =P Esse ainda vem com um plus: É fofo!

Se tivesse que definir o livro em uma palavra seria nessa. Anna, é organizada e gosta de tudo limpo, e demora um bom tempo para se enturmar com a galera e para explorar Paris. Na verdade, durante a maior parte do livro ela busca refúgio nos filmes. St. Clair demorou um pouco para me conquistar, mas quando conseguiu… Suspira!

O ‘cabelo de músico’ dele, só o deixa mais irresistível!

O livro tem diversos momentos gostosos e só não fiquei mais encantada, porque ultimamente estou ficando um pouco desconectada do universo adolescente, mas é uma leitura que recomendo muitooo!!

Parte 2 – Vem comigo!

Um dos motivos que tive que dividir essa resenha em duas partes. DSC08621Simplesmente saí marcando esse livro como louca! Olha a quantidade de marcadores que tem nele, e quero poder falar da maioria. Claro, que sem spoiler! Só vou pontuar algumas coisas, porque eu simplesmente PRECISO! HA!

  Anna apesar de ter de ser uma maníaca por limpeza e organização, é uma adolescente tão…normal! Tipo ela não vira a cara para o mundo, mas também não entra de cabeça. ela não gosta da decisão do pai dela mandá-la para outro país, mas é sensata o bastante para saber que essa é uma oportunidade que poucos tem.

Como o livro é em primeira pessoa, adoro como às vezes ela é ‘exagerada’. Uma das coisas que deixei para trás, foi a sensação de urgência que sentia na adolescência, e é fascinante ler exatamente esses sentimentos em um livro. Ela é irônica e sarcástica em tantos momentos, que fica difícil falar até qual é o melhor.

“…Desde esse anúncio, tenho gritado, implorado, pleiteado e chorado, mas nada parece convencê-lo do contrário.”

Em um momento ela diz que gostaria que seus pais pelo menos tivessem lhe dado a escolha de decidir se ela queria ir para Paris, e apesar de depois ela acabar gostando, tenho que concordar com ela que certas coisas tem que ser pelo menos bem conversadas entre pais e filhos.

Além disso, adoro que quando ela precisa fala o que é real e o que é importante. Ela ganhou o meu coração com o: “Você não estava sozinho, babaca!”

Não sou muito parecida com Anna, mas em um aspecto somos parecidas, o amor pelo cinema e o costume de irmos ao cinema sozinhas.

“..Algumas pessoas têm preconceito sobre ir ao cinema sozinhas, mas eu não. Porque quando as luzes se apagam, a única relação que ainda existe na sala é entre mim e o filme.”

Eu não poderia explicar melhor!

Sem querer ligar muito, mas o pai dela tem muitas características do Nicholas Sparks, não? – Adorei isso!

Stephanie gosta de terminar os capítulos com uma frase de efeito, o que em outros casos poderia soar bobo, nesse livro são muito bem colocadas. Senti que a leitura travou em alguns parágrafos. Teria que ler o original, para saber se é foi na tradução que isso apareceu.

Mas Perkins é talentosa, e para um primeiro livro, ela se saiu muito bem!

Uma coisa que sempre gosto é de ver um autor escrevendo um livro sobre um assunto e/ou local que conhece.

Nós vivemos em um mundo livre, então você tem a total liberdade para escrever o seu livro se passando em...Atlanta.

Só que se você já morou, visitou ou tem alguém conhecido que já morou/visitou a cidade o seu livro ficará mais real, inteligente e verdadeiro. Sem contar que as percepções que temos de com os filmes e livros, na maioria das vezes não é a real.

Para quem nunca foi a Atlanta, por exemplo, e ler o seu livro não perceberá a diferença, mas quem conhece pode ficar com uma má impressão da estória.

No caso do livro Anna e o Beijo Francês, a cidade é um elemento imprescindível para a estória.

Quando eu tinha 12 anos, eu e li um livro nacional que se chama De Paris com Amor de Lino de Albergaria, era uma estória de dois colegas de classe, que com um mapa trocavam cartas onde eles montavam vários passeios pela cidade Luz.

9 anos depois, eu finalmente tive a oportunidade de conhecer pessoalmente essa cidade, e conheci diversos lugares que a autora cita no livro, e posso afirmar: É exatamente daquele jeito!

Quartier Latin, é um dos bairros obrigatórios para se visitar. Eu não conheci o Panteão, então tive que acompanhar a descrição da autora.

Mas podem confiar na descrição que ela faz de Notre-Dame, ou melhor multipliquem por mil! Mas é naquele caminho:

“O prédio é como um grande navio a todo vapor pelo rio. Monumental. Monstruoso. Majestoso. É acesa de forma que lembra a Disneylândia, mas é muito mais mágica do que qualquer coisa que Walt possa ter sonhado.”

É essa a palavra para descreve-lá: Mágica! Pode parecer boba, mas é isso, não tem outra. Ela tem uma aura tão especial, que mesmo quando você está dentro dela, você tem que tocá-la, só para ter certeza que aquilo realmente está ali. O lugar mais bonito de Paris é o Louvre, mas o lugar mais incrível é Notre-Dame.

A autora fala sobre diversos detalhes, que são os que você acaba prestando atenção. Como os detalhes dos entalhos perto das portas, e depois quando ela entra e conhece a catedral. Como ela mesmo diz “Notre-Dame é hipnotizante”.

Ela também vai comentar das escadas que leva para a Torre da Catedral, como são muitas, tipo muitas, tipo muitas mesmo.

Gente, é sério! É escada que não acaba mais, e como não dá para ver se está chegando ou não, você só tem que subir, e continuar subindo, porque você sabe que a vista lá de cima vai valer a pena!

PQAAAKjM2fljQROCiYjWC1MpZRXNH8OXFoPTIUdsITPwHM0zV1Yf5oC7QqqsJf-v1bkOkT-D8jjS-Oohw5J8g9I8SmYAm1T1UOlM9vOOZgJCCHGDNzx7uVPiPE3SOutro lugar ícone que tem destaque é a livraria Shakeaspeare & Co, uma das mais famosas de Paris e do Mundo! Você book-a-holic, não pode deixar de visitar esse lugar quando tiver a oportunidade.

O lugar realmente é meio ‘desarrumado’ mas é aí que reside todo o seu charme. Umas das coisas mais bacana que comprei foi um caderno de anotação da própria loja, que usarei na minha próxima viagem!

E acabei descobrindo curiosidades sobre o Ponto Zero ou o Poin zero des routes de France, na verdade duas coisas:

  • A primeira, é que quem pisa nele tem direito a fazer um pedido.
  • E a segunda, é que a pessoa está destinado a voltar a Paris.

A primeira foi uma pena, porque eu realmente não sabia disso, e desperdicei um pedido.  Já a segunda quando li, até chorei. (Detalhe que estava no terminal esperando o ônibus, foi lindo!)

 

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Os tênis pretos são meus!

Para alguém que amou muito essa cidade, saber que está predestinado a um dia voltar nela, foi divino!

Por diversas razões, tive que dividir essa resenha em dois. Queria proporcionar uma visão rápida do livro, para quem queria uma visão rápida do livro.

Entretanto, precisava falar sobre a minha experiência completa em ler esse livro, porque essa foi uma das razões de ter criado esse blog.

Não tenho anseios de ser a maior blogueira, com mais seguidores, com mais parcerias. Mas quero que quando alguém ler uma resenha minha, saiba o que realmente foi a minha impressão do livro!

Se você leu até aqui, o meu MUITO OBRIGADO!

Fanny Ladeira

 

stephanie-perkins-credit-deStephanie Perkins sempre trabalhou com livros – primeiro como vendedora de livros, depois como bibliotecária e agora como romancista. Adora café moca, contos de fadas, música alta, caminhadas na vizinhança, chá de jasmim e tirar sonecas à tarde. E beijar. Stephanie e seu marido moram nas montanhas do norte da Califórnia.

2 comentários:

  1. Nossa,a melhor resenha q lá sobre esse livro!! O meu já está a caminho,estou anciosa para ler. Tenho um sonho enorme de ir viajar para Paris futuramente,e agora estou bem coriosa para ver como é Notre-Dame :D Parabéns pela resenha,me encantou!!!

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  2. Ahhh Muito Obrigada!

    Paris é um sonho, e tenho certeza que quando você for também vai concordar comigo.

    Depois me conta o que achou do livro!

    Beijos!

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Fanny Ladeira!