Autor: Shel Silverstein
Editora: Cosac Naify
Nota: 4 estrelas
A árvore generosa é uma fábula em preto-e-branco sobre a amizade, a consciência ecológica e a passagem para a vida adulta. Os estreitos laços que aproximam o menino e a árvore transformam-se, pouco a pouco, em distância e silêncio.
Ela sempre acolhe e oferta; ele tudo pede e retira. A árvore propõe uma relação de troca sincera e desinteressada - essa que o menino parece desaprender quando vira homem. No Brasil, a delicada narrativa criada por Silverstein foi traduzida pelo renomado escritor mineiro Fernando Sabino.
Pautando-se pelo respeito aos leitores, a nova edição da Cosac Naify restabeleceu o formato original (e generoso) do livro. Para além das questões ecológicas, ele sugere um horizonte de cidadania e responsabilidade social em escala planetária.
Este livro foi lançado há mais de 40 anos, por Shel Silverstein, escritor e ativista americano, escreveu vários livros direcionados as crianças sobre a preocupação com o ambiente.
“…e ela amava o menino, muito, muito mesmo – até mais do que ela amava a si mesma.”
Eu li esse livro a pouco mais de 1 ano, e mesmo depois de ter passado muito tempo, é incrível todas as lições que aprendi com esse pequeno livro, (cerca de 60 páginas, com diversas ilustrações) não caberia nem nas páginas dele.
A importância da palavra certa é muito importante, e em um livro infantil, redobra ainda mais. Silverstein, tentou passar diversos ensinamentos com esse livro: A preocupação dom o meio ambiente, a caridade, a dinâmica de dar e receber, e principalmente, como o título sugere em seu generosa.
A árvore em questão, mostra como a relação pode ficar dependente só de um lado, e como isso pode afetar os sentimentos. Lembra de O Pequeno Príncipe, e a lição de que “somos eternamente pelo aquilo que cativamos”? Tem espaço aqui também.
No Goodread, me surpreendi encontrando vários reviews negativos sobre esse livro, porque ‘ensina as crianças a só tirar, sem dar em troca’. WHAT? Foi isso que você levou do livro? Não que é um jeito de mostrar para as crianças que para tudo tem que ter um limite, e que temos que aprender isso, antes que seja tarde demais?
O livro, The Giving Tree no original, foi criado para o público infantil, mais isso não significa, que ele é só feito para crianças, muito pelo contrário.
Isso só significa que ele tem uma lição importante, que você esqueceu depois que se tornou adulto. Que tal ir relembra-lá?
Fanny Ladeira
Shel Silverstein, nasceu em 1930 e faleceu em 1999. Natural de Chicago (Estados Unidos), Silverstein publicou suas primeiras histórias no jornal militar Pacific and Stripes, enquanto servia o exército na Coreia, nos anos 1950. Em 1961, estreou com o romance Uncle Shelby’s ABZ Book, que despertou a curiosidade de um editor de livros infantis. Dois anos depois, Silverstein lançaria sua primeira publicação para crianças, Leocádio, o leão que mandava bala (Cosac Naify, 2003). Desde então, não parou de escrever. Mas foi A árvore generosa (1964) que o consagrou.
Você saberia me informar a data de publicação da primeira edição de A árvore generosa traduzida por Fernando Sabino?
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