quinta-feira, 1 de setembro de 2011

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Resenha: A Droga da Obediência

23599_4Livro: A Droga da Obediência – Os Karas

Autor: Pedro Bandeira

Editora: Moderna

Nota: 3,5 estrelas

Uma turma de adolescentes enfrenta o mais diabólico dos crimes. Envolvidos em um clime de mistério e suspense, cinco estudantes enfrentam uma macabra trama internacional - o sinistro Doutor Q.I. pretende subjugar a humanidade aos seus desígnios, aplicando na juventude uma perigosa droga.

Os alunos dos melhores colégios de São Paulo já experimentam essa droga e impedir que essa droga se espalhe, é um trabalho para os Karas - o avesso dos coroas, o contrário dos caretas.

Eu li muitos livros do Pedro Bandeira, nos meus anos de adolescência, principalmente entre 11  e 15  anos, que parece que foi a muito tempo atrás. #velha

Mas como nessa época, lia muita coisa, acabei misturando todas as estórias na minha cabeça, e resolvi voltar a ler os livros de Bandeira, para agora sim, consegui armazenar os detalhes das suas obras.

Ia começar com A marca de uma lágrima, mas acabei encontrando em uma sebo, A Droga da Obediência, primeira aventura dos Karas, então lá fui eu.

E fico feliz, de ter tomando essa decisão. Hoje, mais crescida e com muito mais bagagem literária, posso apreciar, o quanto essa obra é incrível.

Sem contar que a estória é super original, além de ver vários elementos nacionais. Estamos tão rodeados pela cultura americana, que a cultura do High School, é muito mais comentada, do que a do Ensino Médio.

Hoje, o que mais temos por aí, é livros questionando o futuro, com os jovens a frente de movimentos revolucionários. Jogos Vorazes, Feios, Destino são alguns exemplos.

Só que lá em 1984, Bandeira, já entregava para o público juvenil brasileiro, um livro tão importante e questionador quanto os best-sellers internacionais, citados acima.

Não que eles, não sejam livro bons. Porque são. Mas é muito interessante ler um livro, escrito em meados da década de 80, questionar os mesmos valores que até hoje estão em relevância.

Gosto de como  Miguel, Calú, Magri, Chumbinho e Crânio se relacionam, usando a melhor qualidade de cada um, para vencer os obstáculos.

A narrativa é leve mais interessante, e dá para ler em uma tarde de sábado. 

Na edição, tem uma explicação de Pedro Bandeira, falando como ele imaginou a estória:

“(…) Pensei também: mas será que isso é apenas ficção? Será que tudo isso já não está acontecendo atualmente com a jovem humanidade drogada, vagando como idiotas semimortos, sem fé no futuro, sem fé em si mesmos e já sem a força e a garra de que tanto precisamos?

Seria também impossível não somar, a essas inspirações sinistras, toda uma história de vida permeada pela exortação à obediência, à disciplina, à aceitação passiva de um mundo comandado de cima para baixo, em um país esmagado pela tutela insana de um autoritarismo obediente, ele também, a interesses externos.

Assim nasceu A Droga da Obediência. Não é importante gostar do livro ou concordar com ele. É importante pensar no assunto.

Ai, quem me dera que um mundo de jovens de órbitas vazias fosse apenas ficção!”

Obrigado Bandeira, por ter aberto a minha mente em uma fase tão importante da minha vida, e mesmo anos depois, voltar a me fascinar!

Fanny Ladeira

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Pedro Bandeira, nasceu em Santos – São Paulo, ele é o escritor de literatura juvenil, mais vendido no Brasil, e tem 77 livros publicados. Ele tem 3 filhos e 5 netos.

2 comentários:

  1. AHHHHH, Pedro Bandeira <3
    Eu li todos os livros da coleção dos Karas, ainda tenho eles aqui *-* Eu tinha 11 anos hahahaha

    Eu ADORO A Droga da Obediência, é um dos meus preferidos. Bateu até saudadinhas agora!

    O Chumbinho era o meu personagem preferido *-*
    E o Crânio com a gaitinha dele? Awwww <3

    Ai, Fanny, agora me deu vontade de ler de novo! hahahah ><" faz tento tempo, acho que só lembro dos pontos principais de cada um... Preciso pegar outra vez :D

    beijão!!!

    Ju
    http://julianagiacobelli.com

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  2. @Juliana

    Eu tinha uns 12 quando li, e peguei por causa do título, achei bem forte e bonito. Quando li amei! Gostei desse questionamento de não ser igual a todo mundo.

    Mas vou voltar e ler a coleção inteira agora. =D

    Dá saudade desse tempo!

    Beijos!

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Fanny Ladeira!