Livro: A Droga da Obediência – Os Karas
Autor: Pedro Bandeira
Editora: Moderna
Nota: 3,5 estrelas
Uma turma de adolescentes enfrenta o mais diabólico dos crimes. Envolvidos em um clime de mistério e suspense, cinco estudantes enfrentam uma macabra trama internacional - o sinistro Doutor Q.I. pretende subjugar a humanidade aos seus desígnios, aplicando na juventude uma perigosa droga.
Os alunos dos melhores colégios de São Paulo já experimentam essa droga e impedir que essa droga se espalhe, é um trabalho para os Karas - o avesso dos coroas, o contrário dos caretas.
Eu li muitos livros do Pedro Bandeira, nos meus anos de adolescência, principalmente entre 11 e 15 anos, que parece que foi a muito tempo atrás. #velha
Mas como nessa época, lia muita coisa, acabei misturando todas as estórias na minha cabeça, e resolvi voltar a ler os livros de Bandeira, para agora sim, consegui armazenar os detalhes das suas obras.
Ia começar com A marca de uma lágrima, mas acabei encontrando em uma sebo, A Droga da Obediência, primeira aventura dos Karas, então lá fui eu.
E fico feliz, de ter tomando essa decisão. Hoje, mais crescida e com muito mais bagagem literária, posso apreciar, o quanto essa obra é incrível.
Sem contar que a estória é super original, além de ver vários elementos nacionais. Estamos tão rodeados pela cultura americana, que a cultura do High School, é muito mais comentada, do que a do Ensino Médio.
Hoje, o que mais temos por aí, é livros questionando o futuro, com os jovens a frente de movimentos revolucionários. Jogos Vorazes, Feios, Destino são alguns exemplos.
Só que lá em 1984, Bandeira, já entregava para o público juvenil brasileiro, um livro tão importante e questionador quanto os best-sellers internacionais, citados acima.
Não que eles, não sejam livro bons. Porque são. Mas é muito interessante ler um livro, escrito em meados da década de 80, questionar os mesmos valores que até hoje estão em relevância.
Gosto de como Miguel, Calú, Magri, Chumbinho e Crânio se relacionam, usando a melhor qualidade de cada um, para vencer os obstáculos.
A narrativa é leve mais interessante, e dá para ler em uma tarde de sábado.
Na edição, tem uma explicação de Pedro Bandeira, falando como ele imaginou a estória:
“(…) Pensei também: mas será que isso é apenas ficção? Será que tudo isso já não está acontecendo atualmente com a jovem humanidade drogada, vagando como idiotas semimortos, sem fé no futuro, sem fé em si mesmos e já sem a força e a garra de que tanto precisamos?
Seria também impossível não somar, a essas inspirações sinistras, toda uma história de vida permeada pela exortação à obediência, à disciplina, à aceitação passiva de um mundo comandado de cima para baixo, em um país esmagado pela tutela insana de um autoritarismo obediente, ele também, a interesses externos.
Assim nasceu A Droga da Obediência. Não é importante gostar do livro ou concordar com ele. É importante pensar no assunto.
Ai, quem me dera que um mundo de jovens de órbitas vazias fosse apenas ficção!”
Obrigado Bandeira, por ter aberto a minha mente em uma fase tão importante da minha vida, e mesmo anos depois, voltar a me fascinar!
Fanny Ladeira
Pedro Bandeira, nasceu em Santos – São Paulo, ele é o escritor de literatura juvenil, mais vendido no Brasil, e tem 77 livros publicados. Ele tem 3 filhos e 5 netos.
AHHHHH, Pedro Bandeira <3
ResponderExcluirEu li todos os livros da coleção dos Karas, ainda tenho eles aqui *-* Eu tinha 11 anos hahahaha
Eu ADORO A Droga da Obediência, é um dos meus preferidos. Bateu até saudadinhas agora!
O Chumbinho era o meu personagem preferido *-*
E o Crânio com a gaitinha dele? Awwww <3
Ai, Fanny, agora me deu vontade de ler de novo! hahahah ><" faz tento tempo, acho que só lembro dos pontos principais de cada um... Preciso pegar outra vez :D
beijão!!!
Ju
http://julianagiacobelli.com
@Juliana
ResponderExcluirEu tinha uns 12 quando li, e peguei por causa do título, achei bem forte e bonito. Quando li amei! Gostei desse questionamento de não ser igual a todo mundo.
Mas vou voltar e ler a coleção inteira agora. =D
Dá saudade desse tempo!
Beijos!