Livro: Piloto de Guerra
Autor: Antoine de Saint-Exupéry
Editora: José Olympio Editora
Nota: 5 estrelas
Esse livro, não é uma novela nem um poema. É a paisagem interior de um homem nascido para ver o mundo de cima para baixo, implantado naturalmente num céu terrestre para quem as luzes da cidade são como as estrelas que brilham no céu para o comum dos mortais.
Muito conhecem, Saint-Exupéry, escritor do clássico infantil que serve para todas as idades, O Pequeno Príncipe.
Mas poucos conhecem, uma outra parte desse gênio, que escreveu um livro que encantaria pessoas durante a vida inteira. Essas mesmas pessoas, tendem a dar as suas costas para os outros livros do autor, que focam mais na sua outra profissão: a de aviador.
Neste, escrito durante a 2° Guerra Mundial, Exupéry conta detalhes sobre a sua vida como Capitão Saint-Exupéry, e os perigos que ele corria ao tentar defender o seu país da ocupação Nazista ( Exupéry é francês).
O livro, muito bem escrito, não apega em detalhes técnicos, e é uma leitura proveitosa, até para quem nunca subiu em um avião. A fascinação de Saint-Exupéry pela sua profissão, e a certeza de que apesar de perigosa, cada missão era necessária. O livro narra várias etapas e provações, que ele e a sua equipe, passarão.
Adoro ler um bom livro de um autor e me encantar, mas amo quando leio um outro livro dele, que consegue ser melhor! Dá uma sensação de renovação e confiança no trabalho do mesmo, fora de série.
E com Piloto de Guerra, que a melhor obra do autor não reside em O Pequeno Príncipe, e sim nessa obra atípica, bela e real.
"Sacrifício não significa uma amputação, nem penitência. É essencialmente um ato. É uma dádiva de nós próprios, ao ser de que nos reivindicamos. Só conseguirá compreender o que é uma propriedade, quem lhe tiver sacrificado uma parte de si próprio, quem tiver lutado para salvar e sofrido, para lhe dar beleza. Nessa altura, ganhará amor à propriedade. Uma propriedade não é um somatório de interesses: esse é o grande erro. É o somatório das dádivas.”
Infelizmente Saint-Exupéry foi um dos que tiverem que sacrificar a sua volta por um bem maior. Ao levantar voo para uma missão, ele foi abatido, e durante décadas nem a localização de seu avião era conhecida.
Em 2004, foi encontrado os destroços do seu avião no fundo do mar, perto da costa francesa, mas o seu corpo nunca foi encontrado. Gosto de pensar que O Pequeno Príncipe, resolveu o levar na calda de um cometa para ver de perto as estrelas, que ele tanto adorava.
O DIA ‘D’
Hoje comemoramos o Dia D.
Para quem fugiu da escola no dia dessa aula, O Dia D, foi o o Dia da Decisão, o dia em que tropas do mundo inteiro, decidiram atacar os Nazistas.
Usando o Canal da Marcha como acesso, os países aliados conseguiram colocar 150 mil soldados dentro do continente Europeu, e junto com as tropas, foi possível enviar tanques e armamentos.
Os soldados alemães foram pegos de surpresa, eles sabiam do ataque, mas não sabiam onde e nem como ocorreria.
O dia ficou para sempre na lembrança de todos, porque marcou o inicio do fim, da 2° Guerra Mundial.
Cerca de 12 mil soldados foram mortos, durante a invasão.
Abaixo vocês podem ver com detalhe, em vermelho, a marcação da ordem nos registros militares, sobre o Dia D.
Esse livro fica exposto, no Museu dos Invalidez, que tem a coleção de armaduras, documentos, e roupas das guerras que os franceses tiverem que lutar. Começando pelas Cruzadas, e chegando nos diversos itens expostos sobre a 2° Guerra Mundial. Quem tiver oportunidade, vale uma visita!
Se você quer saber mais sobre o Dia D e a 2° Guerra Mundial acesse http://www.segundaguerramundial.com.br/sgm/
Ou se você prefere ver um filme, uma boa dica, é O Resgate do Soldado Ryan, que mostra com detalhes ( muitos detalhes) o ataque.
Fanny Ladeira
Antoine Saint-Exupéry nasceu em 1900 em Lyon, filho de uma família de nobreza rural, ele viveu uma boa vida, apesar de ter perdido o pai aos 4 anos. Morou em Le Mans, até sair para estudar em colégio interno. Saint-Exupéry, estudaria Arquitetura antes de ingressar para a Escola Militar onde iria fazer carreira como aviador. Sua morte é datada em 31 de julho de 1944, data que o avião em que pilotava foi abatido durante uma operação militar.
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Fanny Ladeira!