domingo, 1 de maio de 2011

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Resenha: Morte e Vida de Charlie St. Cloud

Morte e Vida de Charlie St CloudLivro:  Morte e Vida de Charlie St. Cloud
Autor: Ben Sherwood
Editora: Novo Conceito
Nota: 3 estrelas


Eu tive duas surpresas com o livro Morte e Vida de Charlie St Cloud, livro lançado em 2010 pela Editora Novo Século.

A primeira foi em relação ao estilo do autor. Assim como eu imaginei, o autor segue uma linha muito parecida com a de Nicholas Sparks, e para os desavisados poderia até passar como um livro do autor. Porém o que eu esperava, mas não podia ter certeza, é que apesar das semelhanças na narrativas, Ben Sherwood em seu romance de estréia, consegue trilhar o seu próprio caminho, e podemos sentir as digitais da sua estória, o colocando no mesmo estilo de Sparks, mas não deixando que seja qualificado como uma cópia.

A segunda supressa foi em relação a própria narrativa. O livro segue um padrão muito bacana, e em alguns momentos, um pouco repetitivo, até que chega um elemento que vira o livro em 180°. Nesse momento, é bom parar, respirar, antes de continuar, porque o livro está prestes a mudar.

Não de uma forma ruim, muito pelo contrário, com esse novo gás que o livro toma, já quase na metade do livro, dá muito mais vontade de continuar e ler o livro até o final.

É interessante ( não é curiosidade mórbida, não!) ver todos os cuidados e trabalhos que um coveiro, sim é essa a profissão dele, tem todos os dias. Nunca paramos para pensar, mas além do trabalhos muitas vezes extenuante, esses trabalhadores muitas vezes se vêem em situações de profundas tristezas e perdas inestimáveis, como saber lidar com a morte todos os dias?

Como trabalhar com isso, e continuar a sua vida?


Talvez seja por isso que Sherwood, colocou o seu protagonista como coveiro, já que a vida de Charlie não continua. No final, é ele que está ali todos aqueles anos sem evoluir, preso no passado, Sam é quase uma metáfora para a própria vida de Charlie.

Mesmo que não fosse um romance sobrenatural, e que não ocorresse visitas diárias do irmão, Charlie não conseguiria seguir com a sua vida. A culpa e o remorso, presentes em todos os momentos por parte de Charlie, que acabam sendo abafados pelas visitas de Sam, o comeriam vivo de dentro para fora, se o menino não viesse visita-ló.


O romance fala muito do relacionamento com o vida após a morte, além de tocar em assuntos delicados como a aceitação da perda de um ente querido. Sabe aquele ditado que quem sofre é quem fica?

Bom, esse livro dá uma distorcida nesse ditado, e mostra que os dois lados sofrem.  A aceitação é outro ponto batido repetitivamente, e assim como a dor da perda, esses sentimentos são explorados para os dois lados.

Diferente dos livros de assombração, esse não bate medo. Já que tanto os mortos, como próprio Charlie vêem isso como uma situação normal.

Apesar de ter um romance, e ele ser muito importante para o livro e para o próprio desapego de Charlie e da mocinha, Tess, ser uma personagem cativante e aventureira, achei que faltou um pouco mais de química entre ela e Charlie, nada que estrague o romance, e nada para se preocupar, já que o que realmente importa aqui, é a relação entre Sam e Charlie.

Você irá rir e chorar com esse livro, talvez mais chorar do que rir.

Pensando bem, melhor pegar a caixinha de lenços.

Ei! É um livro no estilo de Sparks, você achou que não iria chorar porquê?

Fanny Ladeira

aboutben_photo2 Ben Sherwood é um escritor americano, que já trabalhou como produtor de tv. Sherwood mora na Califórnia, e dedica o seu tempo entre, velejar, ficar com a sua família e a sua organização The Survivors Club. Para escrever, Charlie St. Cloud, ele trabalhou durante uma semana em um cemitério apra conhecer a rotina de um coveiro.

2 comentários:

  1. Olá Fanny,
    Encontrei seu blog por acaso e achei ele muito interessante.
    Parabéns pela resenha. Já ouvi falar muito bem desse livro...
    Seguindo já...
    Bjs =**


    palavrasaventureiras.blogspot.com

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  2. @Cleide

    Olá Cleide!

    Realmente, St. Cloud é um achado! Vale a pena ler sim, é uma linda estória!

    Muito Obrigado pela visita!

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Fanny Ladeira!