Harry Potter: O começo do fim

Parece que faz muito tempo, desde a primeira matéria que li falando sobre O menino que sobreviveu, ou como a maioria conhece, Harry Potter.

Eu sempre gostei de ler, mas aos 10 no ano de 2000, eu era mais ligada em cinema, do que em outra coisa. Foi quando eu comprei uma edição da Revista SET, uma das melhores revistas sobre cinema durante anos, eu começei de ter costume de comprar ela de vez em quando.

Além de falar sobre os lançamentos, ela também contava bastidores, e sobre as produções dos filmes, em uma dessas edições eles fizeram uma matéria especificamente sobre o começo da produção de Harry Potter e a Pedra Filosofal.

Na matéria, além de contar algumas curiosidades sobre a pré-produção, como o fato de Steven Spielberg ter tido interesse em produzir os filmes, eles contaram um pouco da história do livro, e também sobre o então desconhecido trio de atores para interpretar os personagens principais, Radcliffe, Watson e Grint.

Essa foi a primeira foto que vi deles:




Depois disso, eu me interessei a ler o livro, mas como não tinha na biblioteca da minha escola, demorei cerca de um mês para conseguir uma cópia.
Quando li pela primeira vez, Harry Potter e a Pedra Filosofal, eu não tinha ideia de como aquela série iria afetar a minha vida, porém fiquei super empolgada com a estória, e lembro especificamente das minhas emoções ao ler sobre Hogwarts pela primeira vez.

Com o tempo a empolgação foi ficando menor, e não cheguei de imediato a ir atrás dos outros livros, mas com o lançamento do filme se aproximando, e todas as reportagens e conversas, não resisti, comprei A camâra secreta e O prisioneiro de Azkaban, antes mesmo do filme estrear.

Não preciso dizer que devorei cada pedaço daqueles livros, durante o mês que antecedeu a estréia, na época, O cálice de Fogo já havia sido lançado mas não tinha mais dinheiro.

A estréia de A Pedra Filosofal, na cidade em que morava foi bem morna, não tinha nem 60 pessoas na sala, porém quando foi a vez de A Câmara Secreta o número praticamente dobrou.

Durante esse hiato, entre um filme e outro tive tempo de adquirir O cálice de Fogo, e aprendi da pior forma possível a nunca cair na besteira de tentar ler alguma coisa no final do livro, nem mesmo espiar. Antes mesmo de ler o primeiro capítulo, eu já sabia que o Cedrico iria morrer no Torneio Tribruxo.



A melhor coisa que Harry me trouxe, foi a amizade com a Juliana, nós começamos a conversar sobre o filme, e de uma hora pra outro nos tornamos amigas, nossa amizade dura até hoje e ela é uma das poucas pessoas que sei que posso contar.

A única estréia que vimos juntas, foi a de O prisioneiro de Azkaban, que é um dos melhores filmes da série.

A medida que os outros livros e filmes foram saindo, a quantidade de fãs aumentava e hoje Harry Potter é adorado por muitos.

Do trio principal, desde o primeiro filme podíamos ver que Emma e Rupert, já erma talentosos. Daniel, foi um ator que começou não tem bem, mas que foi evoluindo junto com os filmes, o que pode ter sido um fator decisivo para a carreira dele.

Hoje eles tem a possibilidade de escolher os projetos, por outro lado os fãs também tem que entender que eles vão fazer trabalhos cada vez mais diferentes e diversificados. Se você não se revoltou com o Daniel fazendo a peça Equos, pode ser um bom começo.

A série possibilitou também que a nossa geração conhecesse, os grandes atores ingleses, alguns poucos conhecidos do público e outros artistas consagrados, como Maggie Smith e Ralph Finnes (um dos meus atores favoritos!) outros nem tanto, como as Bonnie Wright, que tem pouco tempo em tela, mas que já dá um show, e que tem todo o talento, para serem grandes atores.

O maior exemplo como série pode servir de trampolin, é Robert Pattison, que hoje em dia faz sucesso por causa de outra série, mas que começou a se destacar ali nos muros de Hogwarts, como Cedrico Diggory.

Mas de longe a pessoa mais talentosa e que mais se encaixou no papel foi Helena Boham Carter, como a Bellatrix.

Ela já foda, mas como Bellatrix ela ficou fodastica!

Adoro as suas cenas, e adoro o fato dela já ter uma cara de doida além disso ela tem uma atuação muito marcante e fica 'brincando' pela cena, o que deixa a sua personagem ainda mais inesquecível!

E, claro, como falamos de tudo, não podemos esquecer de falar da grande
responsável por tudo isso.

J.K. Rowling

Ela se tornou a grande inspiração para a minha geração, e é difícil encontrar uma blogueira literária que não começou a paixão por livros, depois de ler HP, e há dezenas de autores que se inspiram na estoria dela, como a Carolina Munhóz, autora de A fada.

Tudo, filmes, licenças, o parque em Orlando, tudo foi por causa da idéia que ela teve a bordo de um trem e que se tornou no maior fenômeno do século XXI.

Rowling, é o exemplo de mulher guerreira, que mesmo sendo mãe solteira, que conseguiu dar a volta pro cima, e não desistiu na primeira recusa e todo esse esforço lhe rendeu o posto de uma das mulheres mais influentes e a de escritora mais rica.

Ela introduziu novas palavras ao vocabulário, (Trouxas), criou um esporte totalmente novo (eu dúvido, que não tem neguinho trabalho em um prototipo de vassoura voadora) e fez adultos e crianças desejarem ter varinha e uma cicatriz na testa.

Não gostaria de ver ela voltando a escrever a estória de Harry Potter, mas adoraria ler mais coisas se passando no universo, talvez um livro sobre as aventuras do filho do Lupin e Tonks, Teddy. Ou o tão citado, Hogwarts, Uma história.

A cada lançamento de livro era uma expectativa sem tamanho e hoje em dia sinto falta de esperar ansiosamente por um livro assim. Minha personagem favorita é Hermione, admiro pela sua coragem e inteligência, mas os gêmeos Wesley tem um lugar no meu coração, acho que quando ficar velhinha e esclerosada vou ficar repetindo "Preocupado com Você-sabe-quem? você deveria estar se preocupando com a dor Você-sabe-onde!" - Hilário!

Quando li As Reliquias da Morte, demorei meia-hora para tomar coragem, virar a página e ler o prólogo. Não queria que aquilo acabasse, mas acabou.

E agora falta pouco para que os filmes terminem. É um mix de sensações que fica até difícil descrever, é complicado dizer adeus a uma coisa que fez parte de metade da sua vida.

Porém é necessário lembrar do que aprendemos lá no começo da série,
sobre o término de alguma coisa: " A morte é só mais uma grande aventura."

Fanny Ladeira

P.S.: Caro senhor diretor de Hogwarts, a minha carta ainda não chegou.
Aguardo ansiosamente, com baú, varinha e coruja em mãos!