quinta-feira, 30 de setembro de 2010

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Resenha: Comer, Rezar, Amar

Livro: Comer, Rezar, Amar
Autora: Elizabeth Gilbert
Editora: Objetiva
Nota: 5 Estrelas


Selo de Excelência*



Porque é tão difícil escrever sobre Comer, Rezar, Amar?

Ao tentar montar a resenha desse livro me peguei em uma situação muito difícil. Pela primeira vez desde que comecei o blog, não sabia como falar desse livro.

Não, por ser um livro ruim, muito longe disso, o livro ganhou o nosso Selo de Excelência* mas mesmo assim ainda é complicado falar dele porque ele não é um livro que pode ser rotulado.

Com uma mistura de auto-ajuda, diário de viagem e autobiografia, o livro fica em uma linha divisória muito ténue mas ao mesmo tempo sem despencar para nenhum lado. Dos livros que já li não consigo coloca-lo em nenhuma categoria.

Estranho para um livro autobiografico aonde a autora, Elizabeth Gilbert, narra o seu conturbado divórcio, e a sua jornada para conseguir se encontrar.

E é essa jornada que irá guia-l por três países, durante 3 meses cada, atrás de prazeres simples.

A sua primeira parada é Roma, Itália, onde tem como única obrigação frequentar o seu curso de italiano. O resto do dia Gilbert tinha para poder explorar a cidade e a sua culinária. Por isso COMER.

Na segunda parada, ela é orientada pelo seu conselheiro espiritual, e vai passar os três meses em um mosteiro budista na Índia, aonde tenta entrar em um contato ainda maior com a sua fé. Por isso REZAR.

A terceira e última jornada de Gilbert foi na Tailândia, e lá com o tempo totalmente livre, tirado somente para ajudar um antigo Guru, ela conseguirá finalmente abrir seu coração para todos os tipos de amor, inclusive por um brasileiro. Por isso AMAR.

Eu disse que é difícil resenhar esse livro, porque não posso saber o que você sentirá lendo cada página, porque isso depende de cada individuo e de cada experiência vivida. Na capa fala que se você é uma pessoa aventureira que sereia capaz de largar tudo para viajar pelo mundo esse é um livro para você. Concordo.

Mas se você é uma pessoa que se aterroriza com a ideia, esse também é um livro para você, não só para te dar um nova perspectiva e te imaginar fazendo o mesmo, porque não fala só da sua trajetória turística.

Há vários aspectos de Gilbert que me identifiquei, ela é falante e extrovertida e aberta para novas experiências, porém assim como todos nós, aberta a momentos de depressão. É interessante porque ela não deixa o passado para trás no momento que pisa na Itália, é um processo demorado mas que demonstra como a cura realmente deveria acontecer.

Você não deixa as magoas e más lembranças de um divórcio em um dia, e a busca dela não é só para tentar superar isso, mas também para encontrar o lugar no mundo dessa nova Elizabeth.

Gosto também do fato dela buscar esse equilíbrio interior em si mesma, e não em outra pessoa como acontece sempre. Sabe aquele velho conselho de "Primeiro gostar de você, para depois gostar dos outros"? É por aí!

Vejo muitas amigas e conhecidas confiando a sua alegria, total felicidade na mãos de alguém. Todas sabemos que isso é errado mas todas fazemos!

"Olho para o Augusteum e penso que, no final das contas, talvez a minha vida na verdade não tenha sido tão caótica assim. É apenas este mundo que é caótico e nos traz mudanças que ninguém poderia ter previsto. O Augusteum me alerta para eu não me apegar a nenhuma ideia inútil sobre quem sou, o que represento, a quem pertenço ou que função eu poderia ter sido criada para exercer. Sim, eu ontem posso ter sido um glorioso monumento a alguém - mas amanhã posso virar um depósito de fogos de artifício. Até mesmo na cidade Eterna, diz o silencioso Augusteum, é preciso estar preparado para tumultuosas e intermináveis ondas de transformação."


Lógico que nem todas temos condições financeiras para viajar pelo mundo toda vez que que a nossa vida se torna um caos, mas podemos usar o que conseguimos assimilar deste livro em nossas vidas. Por que o drama de Gilbert passou é o mesmo que milhares de mulheres já passaram e cada uma conseguir sair do seu jeito, mas é preciso muita coragem e talento para conseguir colocar todas essas emoções indecifravéis em um livro tão inspirador.

Quando disse que foi difícil resenhar esse livro, porque eu tentava encontrar o público-alvo para quem escreveria essa resenha, mas é muito simples recomendar esse livro.

Recomendo esse livro para todas as moças e mulheres, de todas as idades. Se cada geração tem o seu livro, que descreverá todas as preoucupações femininas, esse é o da nossa. Leitura obrgiatória para todas as mulheres que um dia já sofreram de amor, e para e as que nunca sofreram.

Leitura Obrigatória para todas nós!


Fanny Ladeira


Amanhã é o lançamento do filme Comer, Rezar, Amar nos cinemas brasileiros com Julia Roberts e Javier Barden!


Elizabeth Gilbert é americana, e escritora. Seu maior sucesso foi Comer, Rezar, Amar que ganhou notoriedade no EUA depois que Oprah o colocou na lista de Clube do Livro do programa. Hoje ela é casada com Felipe, brasileiro que conheceu na Tailândia e divide o seu tempo entre a Tailândia, Nova York e a Austrália. Seu novo livro "Comprometida", também autobiográfico, conta sobre a sua relação com Felipe e a sua decisão de casar de novo e em breve será resenhado pelo blog!






* Selo de Excelência foi um selo criado para aqueles livros que 5 estrelas parece muito pouco! Desde o começo do blog esse é o 2° livro a ganhar, o primeiro foi O palácio de Inverno, de John Boyne

2 comentários:

  1. ahhh eu to louca pra ler esse livro.
    Todo mundo anda falando tão bem.. e ainda tem o filme, que acho que vou acabar vendo antes de ler o livro pq falta tempo pra ler.

    Enfim, sua resenha me deixou com mais vontade de ler.

    Bjinho

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  2. De todas as pessoas que conheço, sou a única que não gostou deste livro.
    Estava louca para ler, mas assim que comecei, me desencantei totalmente. Achei o ritmo chato e enfadonho, e para não dizer que não gostei de nada, acho que a parte mais legal é a do "Rezar", que realmente me prendeu um pouco.
    Pelo visto meu problema não é só com o livro, já que li "Comprometida", da mesma autora e quase desisti no meio, de tão insuportavelmente irritante que era.

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Fanny Ladeira!