Resenha: Se eu ficar

Livro: Se eu ficar
Autora: Gayle Forman
Editora: Rocco
Nota: 5 estrelas

A história gira em tono de Mia, uma menina adolescente normal, ela tem uma amiga companheira, Kim, um namorado bacana que toca em uma banda, Adam, e toca violoncelo.
Além disso ela tem dois pais que fogem a regra e um irmão menor, Teddy. A vida dela não é perfeita, mas passa perto disso.

Tudo isso muda, quando ocorre terrível acidente de carro, a descrição da cena é tão fresca e brutal, mas muito necessária para a história. Mia, não morreu mas também não está viva, suspensa em um tipo de experiência extracorporea, ela tenta decidir, se ela segue o seu caminho e se junta aos pais, ou se fica para conviver com a dor.


Esse não é um livro comum, Mia, vai alternando as imagens do hospital com a sua vida, e aos poucos vamos entendendo um pouco mais dela e também nos emocionando com s cenas que acontecem no hospital durante a longa espera. E Gayle não fica no cliché, ela consegue de uma forma inimaginável criar uma autêntica atmosfera de dúvidas e lágrimas

Para se envolver mais no livro, tente escutar a música que ela estava escutando no carro na hora do acidente, Sonata de violoncelo n° 3 de Beethoven, a música começa calma, e carrega em si toda a emoção da cena.

Como eu já disse ela a autora, não economiza palavras para descrever algumas situações, mas não é uma coisa gratuita, apesar disso poder chocar muitas pessoas, somente ajudará você a ficar mais envolvida com o livro.

Não tem como você não se imaginar na situação da personagem, e tanto os motivos para ela ficar, quanto os para ela ir, são todos fortes e ao mesmo tempo complicados, tornando a sua decisão muito difícil. A cena mais emocionante é a conversa do avó com ela, tendo certeza que a neta está escutando de alguma forma, ele resolve desabafar.

A questão inteira do livro é a dúvida de entre ir ou ficar, e o livro é tão interessante, que você esquece de pensar em ter uma explicação racional para ela estar fora do corpo.

Um ótimo livro, mas triste. Portanto, cuidado para não sumir no meio das suas lágrimas.


Fanny Ladeira


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