sexta-feira, 2 de setembro de 2011

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Cinema no Restaurante: Lisbela e o Prisioneiro

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Eu sei que o cinema nacional deixa um pouco a desejar. Entre milhares filmes da Xuxa, e a qualidade duvidosa que se transformaram os filmes do Didi ( Ahhh vai, Os Trapalhões e a Árvore da Juventude é muito bom!). Resta pouco espaço, para outras coisas melhores.

Apesar disso, a cada ano desde a retomada, o cinema nacional só evolui. Entre os vários filmes que merecem destaque, estão os premiados Central do Brasil e Cidade de Deus. E apesar da violência, os filmes do Tropa de Elite, mostram um lado mais brutal da realidade, enquanto Se eu fosse você, arranca risadas.

Mas de todos os filmes nacionais, o que mais gosto e o que tenho mais carinho, é uma comédia lançada em 2003, que conta com Selton Mello, Debora Fallabella, Bruno Garcia e Marco Nanini.

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Lisbela (Débora Falabella) é uma moça que adora ir ao cinema e vive sonhando com os galãs de Hollywood dos filmes que assiste. Leléu (Selton Mello) é um malandro conquistador, que em meio a uma de suas muitas aventuras chega à cidade de Lisbela.

Após se conhecerem eles logo se apaixonam, mas há um problema: Lisbela está noiva. Em meio às dúvidas e aos problemas familiares que a nova paixão desperta, há ainda a presença de um matador (Marco Nanini) que está atrás de Leléu, devido a ele ter se envolvido com sua esposa (Virginia Cavendish).

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Dirigido por Guel Arrares, que também é o responsável pelo O Auto da Compadecida, Lisbela e o Prisioneiro, mostra um lado brasileiro que é difícil encontrar em filmes feitos no nosso país. O lado alegre, feliz, romântico e propenso a problemas, manhas e jeitinhos dos brasileiros.

Com um fotografia colorida, um roteiro afiado e cenas engraçadíssimas, é lisbela_e_o_prisioneiro_2003_gimpossível não rir, e nem torcer pelo romance entre Lisbela e Leléu, mesmo Leléu sendo um trambiqueiro.

Em seu personagem de caráter duvidoso, ele mostra uma doçura que caí como uma luva nas qualidades da mocinha, Lisbela, uma jovem sonhadora que quer uma vida diferente.

A trilha não poderia ser mais brasileira, com até a presença de Los Hermanos, cantando ‘Lisbela’. Sem esquecer, o tema do casal, ‘Você não me ensinou a te esquecer’, que hoje, quase 9 anos depois, já foi regravado por todas as cantoras de axé e grupos de forró possíveis.

20030826-lisbela_prisioneiro-01O roteiro é bom, mas não funcionaria sem o time de atores inspirados. Debora Fallabella e Marco Nanini, juntos com um time de coadjuvantes maravilhosos. Sem contar, Selton Mello. Hoje em dia é difícil assistir um filme nacional, sem ele.

Há várias pontas de atores conhecidos (hoje em dia) que ajudam a montar esse filme, mas ao contrario dos filmes da Xuxa, as pontas são feitas por atores de verdade, então a qualidade aumenta com isso.

lisbela_e_prisioneiro4A maioria já deve ter tido a oportunidade de ver esse filme, mas para aqueles que ainda não viram, fica a dica.

Não é só de filme americano que se faz o cinema, e é com filmes bons como esse, que vamos construindo a história para o nosso cinema nacional.

Fanny Ladeira

Próxima Sessão: Como arrasar um Coração

2 comentários:

  1. Esse filme parece ser muito bom! Me arrependo mortalmente de não tê-lo visto quando estava no cinema, e até hoje não o vi. =X
    Acho que o cinema nacional vem melhorando cada vez mais, tem muita coisa boa sendo feita por aqui, mas ainda há bastante preconceito. Uma coisa que me incomoda um pouco é a temática um pouco repetitiva dos filmes mais difundidos (tráfico, favelas, etc), mas bem ou mal é a realidade brasileira.

    escrevendoloucamente.blogspot.com

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  2. @ALINE T.K.M.

    Isso também me incomoda. Sim, temos muita violência aqui, mas não é só disso que o Brasil é feito.

    Acho que é preciso cirar filmes que também mostram um outro lado da nossa realidade, um lado mais feliz e animado, que está presente em nosso país apesar de tudo.

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Agora peça um delicioso prato ao nosso chef, e continue a sua visita pelo O Restaurante do Fim do Universo.

Fanny Ladeira!