Livro: Emma
Autora: Jane Austen
Editora: Dover Thrift (Minha edição)
Nota: 3,5 estrelas
Quando a sua governanta, encontra a felicidade se casando, a brilhante e linda Emma Woodhouse, se vangloria se ter o dom de casamenteira e fica certa, de que ela mesma nunca irá se casar.
Miss Woodhouse, que agora mora sozinha com o pai,longo encontra uma nova ocupação, e tenta encontrar um pretendente para a sua amiga, Harriet Smith, só que acaba arrumando mais confusão para o caminho, deixando a amiga em uma situação delicada.
O retorno, de dois outros jovens, Jane Fairfax e Frank Churchil, que tiveram que deixar as suas famílias quando crianças, trás novos elementos para a trama. Mas enquanto Miss Fairfaix, tem que começar a procurar um trabalho como preceptora, o jovem Mr. Churchill, passa o tempo flertando com Emma.
Enquanto o pai de Emma, cerca de cuidados, Mr. Knightley,o irmão do marido da sua irmã, e que mora perto da família desde sempre, vem como um guia para Emma, alertando ela sobre as possíveis falhas, em seus planos de casamenteira, e dando broncas nela quando necessário.
Jane Austen é minha escritora favorita de todos os tempos. Com a sua linguagem inteligente e sagaz, ela nos entregou obras-primas que até hoje, quase 200 anos depois, ainda tem uma capacidade de envolver os leitores.
Emma, é a protagonista mais diferente de todas apresentadas nos outros livros de Austen. Ela é importante socialmente, e tende a deixar os seus vários defeitos se sobreporem, em diversos momentos, sobre o que é certo e em alguns momentos ela se mostra, até mesmo um pouco má.
Em outra palavras, podemos falar que Emma, é uma esnobe. Sim de certa forma, mas as suas outras qualidades, como a bondade e carinho com todos aqueles a sua voltas, dão equilíbrio perfeito. Apesar de Emma, não ser a minha heroína favorita, eu gosto dela.
Assim, como ela demora para poder perceber e avaliar os seus reais sentimentos, é necessário para o leitor, superar as suas atitudes mimadas e perceber, que assim como Jane Fairfax e Frank Churchill, a sua vida e personalidade, foram moldadas por causa da morte de sua mãe.
Com o seu pai super protetor, uma governante como uma mãe e morando em uma pequena comunidade, Emma tem muito espaço para ‘brincar de Deus’ com a vida amorosa das pessoas, e com isso criar problemas ainda maiores.
Emma, também, é o grande paradoxo, dos romances de Austen. Enquanto ela tenta casa todos a sua volta, a sua mente permanece fixa na ideia de viver solteira.
“Eu não tenho, nenhuma das usuais pretensões de uma mulher, que quer se casar. Quando eu me apaixonar, aí sim, será uma coisa totalmente diferente! Mas eu nunca me apaixonei; não é o meu jeito, ou minha natureza; e eu acho que nunca irei. E sem amor, eu seria uma tola, me alterar a minha situação atual.” Emma Woodhouse
O livro narra todas as desventuras que a vila de Highbury, o que nos permite,várias surpresas pelo caminho, envolvendo a maioria dos personagens principais. A palavra de ordem aqui, é que nada é o que parece ser.
Surpresas, que passa despercebido, até mesmo para Emma, que deveria ser a mais observadora do grupo, mas que mostra, claramente, que fica cega no momento em que cria uma ilusão, em sua cabeça.
Com a relação mais aberta, entre Emma e Mr. Knightley, temos ótimos diálogos e discussões entre os dois. Mr Knightley, vai se mostrando mais adorável ( eu achei *-*) a cada capítulo, e realmente faz falta quando está fora.
No final, temos mais uma obra-prima de Austen, que se destaca pela diferença em relação as outras, e pela qualidade tão facilmente encontrada em tudo que Miss Austen escreveu.
Recomendo!
Veja o nosso Especial Eu Fui Jane Austen!
Fanny Ladeira
Jane Austen, nasceu em 1775, em uma pequena vila da Inglaterra, filha de um clérigo, a sua condição de vida se modificou muito depois que o pai morreu, ela nunca se casou. Em seus romances, Austen sempre se destacou pela sagacidade e ironia, e hoje, é uma das maiorias romancistas da história.
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