quarta-feira, 15 de maio de 2013

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Lendo e Ouvindo: Heart Of Nowhere do Noah and The Whale

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Essa coluna foi criada para falar especialmente sobre música, e é hospedada no blog, Nerds Leitores.     

É uma situação muito complicada quando uma das suas bandas favoritas lança um novo cd. Isso porque, você vai se encaixar em umas das três opções:

Amar

Gostar

Odiar

Só que quando aquele Cd que você esperava tanto cai na última opção, é triste demais porque nesse mundo de tantas incertezas, em vários momentos, a única certeza é que a sua banda não vai te decepcionar, e isso nem sempre acompanha.

Parte dessa decepção que alguns fãs podem sentir, nem sempre tem haver com o material apresentado, mas com a fase o estilo que a banda decidiu seguir no momento.

Um exemplo claro é o Noah and the Whale, que começou na cena londrina tocando um folk ‘fofinho’ no primeiro disco, e hoje a sua sonoridade fica um pouco distante do que poderíamos esperar, se só conhecêssemos o primeiro álbum. Mudança nem sempre é bom.

Mas no caso deles, é muito bom!!!

A cada novo CD, a banda vai se distanciando do nu-folk e hoje com o quarto CD, Heart of Nowhere, lançado no disco 5 de maio pelo selo Mercury, se restou algum fã esperando que eles voltassem a tocar ukelele, desculpa mas…. não sei o que você esperava!

Nos últimos tempo, o folk ( ou nu-folk como algumas mídias chamam) está na ‘moda’. Mumford and sons (que começou na mesma cena que o Noah and The Whale) virou headliner de festival e ganhador de Grammy por melhor álbum. O The Luminers têm música na novela das 7.

Mas ao escolher um caminho diferente, Noah and The Whale, não consegue somente se manter relevante, mas também ser um dos melhores por aí.

O AWESOME Heart Of Nowhere, não ficaria descolado em um filme da década de 80, mas o mesmo tem por trás um sopro de novidade para o som.

Não me interpretem mal, ninguém descobriu a roda com esse CD ou fez um som inovador, mas li em uma review (desculpa, não me lembro qual agora) que Heart of Nowhere se destaca na simplicidade, e concordo!

Cada música foi muito bem trabalhada, desde das letras, passando pelos acodes e utilizando todo o o potencial de todos da banda (ter um violino é, e sempre será, um diferencial para o N&TW), tornando cada música especial de forma única e com acordes bem distintos. Não passando aquela sensação de que você está escutando a mesma música quando você escuta um CD, pelas primeiras vezes.

O fato de a banda estar em uma mesma formação há um bom tempo, ajudou a terem liberdade de criar arranjos mais caprichados e também passagens mais bem construídas, e isso se refletiu no CD todo.

Expcional ao vivo, o cd foi gravado Live (que é quando eles gravam todos juntos, e não cada um a sua parte, e depois é juntado), o que mostra ainda mais como a técnica deles está muito afinada.

O cantor e compositor da banda, Charlie Fink (que essa que vós fala, acha uma gracinha e super talentoso),  teve a inspiração para escrever esse cd depois que um amigo da adolescência lhe contou que iria  se casar.

Li vários reviews antes do Cd estar disponível, e alguns falaram muito de como ele era muito novo (27 anos), para escrever músicas com aquela temática, do jeito que eles falavam, eu estava esperando encontrar músicas pretenciosas e sobre aposentadoria (HA!).

Mas não sei se foi uma percepção de pessoas mais novas ou mais velhas, mas me identifique em vários momentos!

Não tenho nenhum amigo casando no momento, mas é fácil imaginar recebendo ‘that call, it’s gonna be a lifetime’, que ele canta em Lifetime.

E para quem que como eu, e sempre focou mais nos estudos e na vida profissional, sempre permanece aquela sensação de que você está ficando para trás, como se todo mundo estivesse evoluindo menos você.

Então, se eu com 24 anos penso isso, posso dizer que as letras de Fink não são velhas demais para mim e acho que se encaixam perfeitamente para a geração dos 20 e alguma coisa.

Cada um tem uma percepção diferente, mas você sempre fica naquele ponto de ‘waiting for my life start’.

Descobri Noah and The Whale, há dois anos, por acaso, e esse foi o primeiro disco deles que fiquei na expectativa, e apesar de ter ficado com ela lá no alto ( eu tentei abaixar, mas não deu), eles não me decepcionaram!

Heart of Nowhere se agrega maravilhosamente para a discografia AWESOME deles, e ainda entra como um dos melhores cds ( e aí tem um problema, pq os caras só tem CD’s ótimo, tem o menos melhor, mas não um ruim.)

Minha única reclamação, é o fato do CD ser muito curto (um pouco mais de 30 minutos), mas os caras lançaram 4 Cds em 6 anos, então dá para perdoar.

Eu poderia ter esperado muitas coisas desse Cd, que talvez não conseguisse atingir a minha expectativa, mas depositei a minha confiança de que banda iria fazer um cd que iria ser a minha companhia por muito tempo. E olha só!

Eles conseguiram!

Song by Song

O Cd começa com uma instrumental, que já mostra a que veio e que virou meu novo ringtone . =D

Heart Of Nowhere, música que dá nome ao CD, é muito linda! E ainda chamaram Anna Calvi para cantar uma parte, que deixou a música ainda mais especial já que a Anna têm uma voz bem forte e grave que combinou com a voz forte e grave do vocalista e compositor da banda, Charlie Fink.

Tem tudo para ser um dos grandes hits do CD, e com um verso de morrer

If i don’t belong by you, i don’t belong anywhere, you know i would follow you to the heart of nowhere

All Throut the Time Night e Silver and Gold são boas, mas ainda não conquistaram tanto como as outras, apesar da primeira demonstrar toda a capacidade da banda e estar crescendo no meu conceito.

Lifetime eu também não tinha gostado tanto assim de cara, mas está me ganhando nesses últimos dias.

After all these times e There will come a time são músicas ótimas, sendo que a segunda tem tudo para ser o grande single do álbum, talvez por ser a mais animada e ‘care free’ de todas do CD, me lembra bastante o tom de Give it all back, do 3° CD.

One More Nigth, entrou para o hall de Mary do 1° CD e The Line do 3°, que apesar de serem músicas que o pessoal nem liga muito, mas eu acho maravillhosas. Já escutei umas 30 vezes, mas toda vez tenho que parar para apreciar ela. P*** MÚSICA LINDA!

Now Is exactly the Time, tem uma letra muito boa e gosto muito da segunda parte e do refrão, mas ler reviews antes do CD lançar pode te fazer um pouco esperançosa, às vezes com razão. O review da NME UK, falou que essa música era possivelmente uma das melhores do Noah and the Whale já tinham escrito. É muito boa, mas também não é, sabe? 

Quem não conhece o trabalho da banda pode não entender, mas a pior letra do Noah the Whale, ainda é melhor do que a discografia de muita banda por aí, por isso tem que ter cuidado quando fala umas coisas assim! LOL

Not Too Late, fecha o cd, de apenas 10 músicas, com chave de ouro!

“I Don’t now what i can offer, but i will offer to you”

Eu já falei sobre os outros Cd’s da banda aqui e aqui.

Conheça mais sobre o Noah and the Whale no Site Oficial da banda;

No Facebook, No Twitter e no Canal do YouTube.

Você ainda, pode adicionar a banda ao seu Lastfm.

Fanny Ladeira

quinta-feira, 9 de maio de 2013

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Resenha: Laços Inseparáveis

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Livro: Laços Inseparáveis

Autora: Emily Giffin

Editora: Novo Conceito

Nota: 3,5 estrelas

Marian Caldwell é uma produtora de televisão de 36 anos, vivendo seu sonho em Nova York. Com uma carreira bem-sucedida e um relacionamento satisfatório, ela convenceu todo mundo, inclusive si mesma, que sua vida está do jeito que ela deseja. Mas uma noite, Marian atende a porta... para apenas encontrar Kirby Rose, uma garota de 18 anos com a chave para o passado que Marian pensou ter deixado para trás para sempre.

Desde o momento que Kirby aparece na sua porta, o mundo perfeitamente construído de Marian — e sua verdadeira identidade — será chacoalhado até o fim, fazendo ressurgir fantasmas e memórias de um caso de amor apaixonado que ameaça tudo para definir quem ela realmente é.

Para a precoce e determinada Kirby, o encontro vai provocar um processo de descobrimento que a leva ao começo da vida adulta, forçando-a a reavaliar sua família e seu futuro com uma visão sábia e doce. Enquanto as duas mulheres embarcam em uma jornada para encontrar o que está faltando em suas vidas, cada uma irá reconhecer que o lugar no qual pertencemos normalmente é onde menos esperamos — um lugar que talvez forçamos a esquecer, mas que o coração se lembra eternamente.

Giffin gosta de escrever os seus livros baseados em pessoas normais, das escolhas que elas fazem na vida, e de como isso afeta ou afetará a sua vida e das pessoas a sua volta.

Com laços inseparáveis, acontece a mesma coisa.

A estória que na mão de um escritor mais romântico, como o Nicholas Sparks, iria virar uma transformação e superação das relações, aqui vem mostrar as cicatrizes e a crueza que algumas das decisãoes que tomamos, podem gerar.

E aí fica difícil não se comover mais por um lado, do que por outro. Lógico que ao mostrar as várias nuances do personagens e mostrar que eles que todos podem errar, conseguimos ir lendo a estória sem julgar uma única pessoa.

Porém no caso desse livro, não consegui gostar, nem compreender totalmente as atitudes de Marian com a Kirby.

Sim, Kirby teve sorte e foi criada por uma ótima família, mas e se não tivesse sido assim?

As decisões tomadas por Marian por vergonha, acabou gerando mais feridas em todos os envolvidos, do que se ela tivesse simplesmente aberto o jogo.

E o fato disso ter se estendido por quase 18 anos, dela ter tentado cobrar do namorado uma posição final, e o fato de no final ela ter de certa forma ter conseguido ficar ainda em paz com o que aconteceu, me fez gostar ainda menos da pergonsagem.

Enquanto isso, do outro lado temos Kirby a verdadeira heroína do livro!Apesar da atitude às vezes revoltada, consegue ter mais seriedade e uma cabeça melhor do que a Marian.

Emily consegue criar uma narrativa interessante e rápida de ler, mas faltou um pouco da pitada que os seus outros livros trazem.

Talvez por esse se focar em uma realção tão frágil. Mas ainda assim, é um must read livros para os apreciadores do trabalho dela.

Só mudaria uma coisa: a última frase do livro pertenceria a Kirby.

Fanny Ladeira

Emily Giffin é formada pela Universidade de Wake Forest e pela escola de Direito da Universidade de Virgínia. Depois de trablhar por vários anoscomo advogada, mudou-se para Londres, a fim de escrever em tempo integral. Ela é a autora best-seller de vários livros incluindo O Noivo da Minha Melhor Amiga, Presentes da Vida e Questões do Coração. A autora é uma da atrações de Bienal do Livro do Rio de Janeiro desse ano.

quinta-feira, 2 de maio de 2013

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Cinema no Restaurante: Doctor Who

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De tempos em tempos, eu encontro uma série favorita. E se não é uma que me faz rir muito, vai ser pelo menos uma que vai me fazer usar a cabeça um pouco. =P

Que diga os 7 anos que fiquei em Lost  praticamente para nada. 

Eu gosto de assistir sitcoms, mas às vezes também gosto de ver coisas que me faz refletir e pensar.

Com séries como Lost, você fica quebrando a cebaça com os enigmas, que muitas vezes não tem um fundo para sustentar e acaba te deixando mais com raiva do que tudo.

Ou são séries como Gilmore Girls, que trazem muita informação, mas vem acompanhado de uma pitada de drama e no final é isso o que mais pesa.

Lá estava eu assistindo aos capitulos da primeira temporada de uma série inglesa, que algumas comentaram e eu decidir ver se ‘era bom’: Doctor Who.

Doctor Who é uma série de sobre o último Senhor do Tempo do universo, no caso o Doutor, que tem a capacidade de viajar através do tempo e do espaço. Ou seja, ele pode ir para qualquer lugar o univeso, em qualquer ano possível.

A bordo de sua nave especial, a Tardis, que tem a forma de uma cabine de polícia por fora, mas é uma grande espaço nave por dentro, o Doutor vive vária aventuras, enquanto tenta ajudar várias raças, sendo a mais comum ameaçada, os humanos.

Ser o último Senhor do Tempo é uma posição muito solitária, ele geralmente é acompanhado de companhias, na sua maioria jovens mulheres, que lhe ajudam a resolver as mais diversas situações.

A série completa 50 anos nesse ano. O primeiro episódio foi ao ar em 1963 e ficou no ar até 1989. Depois, em 2005, a série voltou novamete ao ar como uma continuação da anterior.

Continuação mesmo! Com cerca de 900 anos de idade, o Doutor ‘muda’ de forma cada vez que sofre um ferimento muito grave para qualquer espécie do universo, e assim acontece a ‘transformação’.

 

“The way I see it, every life is a pile of good things and bad things. The good things don’t always soften the bad things, but vice versa, the bad things don’t necessarily spoil the good things, or make them unimportant.”

The Doctor

É a mesma pessoa, mas com uma personalidade diferente e um rosto diferente. Por causa disso, já se passaram 11 atores interpretando doutores na série.

E porque a série se tornou uma das minhas favoritas?

Além de ser divertida, diferente de tudo que tem por aí, e com um episódio mais vibrante que o outro, a série também tem um grande atrativo: Ela nos faz pensar!

Pensar na nossa existência, na imensidão do universo, nos lugares possíveis e impossíveis que podem existir, e claro, no futuro da raça humana.

Se pudesse definir essa série com só adjetivo, seria inteligente.

Toda vez que uma nova companhia para o Doctor sobe a bordo da Tardis para viajar com ele, a pergunta é sempre a mesma “Para onde você quer ir?”.

Poucas tem dar uma resposta definitiva, elas sempre deixam para o Doutor decidir ou acabam aceitando uma das sugestões dele, não porque são pessas sem opinião, muito pelo contrário, o Doutor sempre tem em suas companhias pessoas de personalidade forte.

Porém, imaginem você em uma nave espacial, podendo ir para QUALQUER lugar, entre o tempo-espaço?

“Everywhere and Anywhere.

Every star that ever was.

Where do you wanna start?”

Alguém pode ter a resposta na ponta da língua, mas no meu caso eu só olharia para o Doutor e como todas as outras,  não saberia o que dizer, deixaria ele escolher!

Porque assim como acontece em cada episódio da série, a possibilidade de você cair em um lugar incrível e muito perigoso (mas isso é detalhe), são muito grandes.

Além disso, a série nos ensina sutilmente uma lição importante: Mudar é importante.

Eu sou daquelas que praticamente choro ao pensar em um personagem importante pode sair de uma série, ou que um ator tem que ser substituído, mas Doctor Who, nos ensina sultimente que nem todas as mudanças são ruins.

A cada nova companhia e a cada novo Doutor, achamos que não vamos nos adaptar, até que em alguns episódios. BAH! Você já está amando!

Não só isso! A mudança constante de companheiros, acaba deixando a série mais dinâmica e evita repetições de situações e de relacionamentos.

Sim, eu tenho um Doutor favorito, uma companhia favorita, e posso não gostar tanto de alguma (Rose isso foi com você!), mas isso não significa que as outras também não sejam boas.

Eu queria poder falar de vários aspectos da série, e várias coisas que acontecem, mas aí seria muito spoiler para um post de apresentação da série para quem ainda não viu!

Mas segue um resumo básico da minha relação com a série:

  • A versão de Matt Smith ganhou o meu coração, apesar de ter chorado com a saída de David;
  • Adoro Amelia e Rory (mas minha cia preferida ainda é a Donna),
  • Achei a 5° temporada a melhor até agora;
  • Morro de medo nos episódios dos anjos lamentadores, mas acho incrível o poder deles;
  • Fico quebrando a cabeça tentando montar uma cronologia para as aparições da River Song.
  • Odeio os episódios com os Daleks, e quero dar um chute no roterista toda vez que eles aparecem;
  • EU AMO ESSA SÉRIE!

E Vocês? Já conhecem essa série, ou tem uma série que amam de paixão por ser inteligente?

Fanny Ladeira

 

Próxima Sessão: As Horas

Porque as maiores lições e aprendizados da vida, vem de onde você menos espera.

domingo, 28 de abril de 2013

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Resenha: O Teorema Katherine

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http://veja.abril.com.br/blog/imperdivel/files/2013/03/o-teorema-katherine-john-green-literatura-r7-450.jpgLivro: O Teorema Katherine

Autor: John Green

Editora: Intrínseca

Nota: 5 Estrelas

Após seu mais recente e traumático pé na bunda - o décimo nono de sua ainda jovem vida, todos perpetrados por namoradas de nome Katherine - Colin Singleton resolve cair na estrada.

Dirigindo o Rabecão de Satã, com seu caderninho de anotações no bolso e o melhor amigo no carona, o ex-criança prodígio, viciado em anagramas e PhD em levar o fora, descobre sua verdadeira missão: elaborar e comprovar o Teorema Fundamental da Previsibilidade das Katherines, que tornará possível antever, através da linguagem universal da matemática, o desfecho de qualquer relacionamento antes mesmo que as duas pessoas se conheçam.

Uma descoberta que vai entrar para a história, vai vingar séculos de injusta vantagem entre Terminantes e Terminados e, enfim, elevará Colin Singleton diretamente ao distinto posto de gênio da humanidade. Também, é claro, vai ajudá-lo a reconquistar sua garota. Ou, pelo menos, é isso o que ele espera.

“’Eles estão é com inveja’, ela dizia. Mas Colin sabia que não era isso. Não estavam com inveja. Ele simplesmente não era ‘gostável’. Às vezes é simples assim.”

Deixa eu falar um coisa sobre o autor desse livro, John Green. O cara é um gênio de sua especialidade, porque só isso para explicar a genialidade excessiva que encontramos no seu livro,  the abundance ne katherines no original.

Não somente a genialidade do personagem principal, Colin, que tem um dom que invejo muito, ser autodidata. Não a genialidade de Hassam, que apesar de não ter tão inteligente quanto o seu amigo, ainda consegue ser acima da média e acompanhar o pensamento rápido de um menino prodígio.

A genialidade do livro está em ele contar uma estória relativamente comum e até um pouco clichê (menino que leva o chute da namorada e atravessa o país para viver uma aventura), mas juntando elementos únicos, e uma destreza monstro, ele dá a esse livro um toque leve e gostoso.

Para quem leu A culpa das estrelas, pode ficar com medo de chorar litros de novo, mas fiquem tranquilos, aqui o choro vai vir é das risadas.

O diálogo dos dois personagens, Colin e Hassam são tão divertidos, que já até separei o livro para reler em um futuro próximo.

Tem uma sequência mais para o final que envolve uma tarde em floresta, uma fuga de javali e uma luta. Eu li na rua, mas não consegui me controlar e devo ter parecido uma louca rindo para um livro, mas não me segurei.

“__ Medo, Colin fez uma piadinha. Esse lugar é mágico para você. Só é uma pena o jeito como vamos morrer aqui. Tipo, falando sério. Um árabe e um meio-judeu entram numa loja no Tennesse. É o começo de uma piada, e no final vai ter a palavra ‘Sodomia’.”

E palmas por em um mundo tão sem amor ao próximo, ter colocado um mulçumano e um meio-judeu como amigos.

As Katherines também tem um papel importante, ao mostrar que todos estão abertos a serem dispensados por qualquer um por um motivo idiota. =P

Sem contar que a destreza de John Green também se resume em se mostrar tão dentro da situação, e tão atento  tantos pontos que até pensamos em vários momentos, de se tratar de uma estória em parte auto-biográfica.

“Mas Colin sempre podia contar com os livros. Os livros são o melhor exemplo de Terminado: deixe-os de lado e eles  esperarão para sempre; dê-lhes atenção e sempre retribuirão seu amor.”

Foi assim como Quem é você , Alasca?, foi assim como Paper Town, e só não foi assim com A Culpa é das estrelas, porque a personagem principal é uma menina. E acontece a mesma coisa com esse.

No final, o resultado do Teorema é mostrar que qualquer estória na mão de uma pessoa genial, pode tornar um livro em um momento eureka.

Eureka, John!

Fanny Ladeira

John Green é um dos escritores norte-americanos mais queridos pelo público jovem e igualmente festejado pela crítica. Autor best-seller do The New York Times, premiado com a Printz Medal eo PrintzHonor da American Library e com Edgar Award, foi duas vezes finalista do prêmio literário do LA Times,além de ser envolvido em vários projetos, como o The Lizzie Bennet Diaries.  Mora com a mulher, Sarah, e o filho em Indianápolis, Indiana.

domingo, 21 de abril de 2013

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Resenha: O Inferno de Gabriel

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Livro: O Inferno de Gabriel

Autor: Sylvain Reynard

Editora: Arqueiro

Nota: 4 Estrelas

Enigmático e sedutor, Gabriel Emerson é um renomado especialista em Dante. Durante o dia assume a fachada de um rigoroso professor universitário, mas à noite se entrega a uma desinibida vida de prazeres sem limites.

O que ninguém sabe é que tanto sua máscara de frieza quanto sua extrema sensualidade na verdade escondem uma alma atormentada pelas feridas do passado. Gabriel se tortura pelos erros que cometeu e acredita que para ele não há mais nenhuma esperança ou chance de se redimir dos pecados.

Julia Mitchell é uma jovem doce e inocente que luta para superar os traumas de uma infância difícil, marcada pela negligência dos pais. Quando vai fazer mestrado na Universidade de Toronto, ela sabe que reencontrará alguém importante – um homem que viu apenas uma vez, mas que nunca conseguiu esquecer.

Assim que põe os olhos em Julia, Gabriel é tomado por uma estranha sensação de familiaridade, embora não saiba dizer por quê. A inexplicável e profunda conexão que existe entre eles deixa o professor numa situação delicada, que colocará sua carreira em risco e o obrigará a enfrentar os fantasmas dos quais sempre tentou fugir.

“Às vezes as pessoas conseguem ouvir sozinhas quanto são odiosas. Às vezes, a bondade é suficente para expor o mal como ele realmente é.”

A primeira pessoa que comentou sobre esse livro comigo, foi a Natália Rivero (@natirivero) há um tempo atrás. Ela havia acabado de ler, e estava super empolgada com a estória, e me sugeriu a leitura.

Acabei demorando mais do que deveria para ler, mas hoje, após ter terminado o primeiro livro da trilogia criada pelo enigmatico Sylvain Reynard, totalmente entendo o motivo desse livro ter fascinado tantas pessoas.

Gabriel é um homem atormentado. Por isso, não é de uma hora pra outra que vai mudar, então gostei como o seu sofrimento, foi tratado com a profundidade e o tempo que ele merecia.

Assim como o da Julia. A pessoa não se torna atormentada com coisas que podem ser resolvidas em alguns passos, então mostrarcomo o processo é doloroso e continuo, foi um ponto positivo para a trama, apesar de termos duas estórias distantas,  pode acabar cansando quem quer romance, romance e romance.

O dos nosso personagens principais, não é fácil de ser realizado, apesar da tensão sexual existir, há várias obstaculos pelo caminho.

As leis da faculdade são as que eles mais usam como desculpa, mas tem muito mais por trás disso, as feridas abertas e o medo de se entregar para qualquer relação que tenha significado, também acompanha esse casal.

É impossível não comparar o livro com outros do gênero, e é impossível não compará-lo com o mais famoso atualmente, Cinquenta Tons.

Assim como o seu grande concorrente, esse livro também tem a sua parte sensual, apesar dela ser bem mais controlada e focada em outros aspectos.

Do tratamento de Gabriel para Julia, passando pelo livro em que a estória se relaciona. Sylvain decidiu mostrar que se é para basear uma estória em algum livro, que seja um tão poderoso quanto a Divina Comédia ( que eu ganhei mês passado, e espero ler ainda esse ano!).

E foi da boca de Paul, estudante de doutorado, e pretendentede Julia que saiu a frase que me confirmou o pensamento do autor:

“Acho que, se você se importa com uma pessoa a ponto de fazer sexo com ela, deveria respeitá-la, e não tratá-la como um objeto. Deveria ser responsável, cuidadoso e nunca, nunca machucá-la. Mesmo que ela seja perturbada o bastante para implorar que você faça isso.”

E não é só uma ligação rasa, seja Sylvain um homem ou uma mulher ( a identidade real do autor é um mistério) tenho certeza que a pessoa é um grande apreciador do trabalho de Dante, porque o cuidado com a obra é supreendente.

Apesar disso tudo, achei que Gabriel consegue ser muito pretencioso em várias situações, o que não acontece com os outros personagens do livro, então tenho certeza que foi proposital do autor, construir o personagem assim.

É legal em algumas partes, mas em outras se torna tão monótono e chato, como as associações da ‘deusa interior’ da Ana em Cinquenta Tons.

O livro faz várias citações a músicas e bandas, mas fiquei super feliz em ver uma referência o The Killers, com uma música do B–side deles, All the Prtetty Faces. ( Não sabia que eu sou fanzona do Killers?). =D

É um livro muito bem construído, apesar de não ter me deixado tão fasinada pelo Gabriel como deveria.

Mas adorei como podemos fazer uma analogia das suas ações e do que ele trabalha com a obra de Dante. Em um momento ele diz: “Quando uma pessoa abandona esse propósito natural, fere a si mesma, pois faz algo que não foi criada para fazer. Entra em guerra consigo e com sua própria natureza.”

Essa única frase revela mais sobre o porque ele vive em uma relação tão próxima com o pecado, do que deveria. Ele faz isso, porque acredita que é essa é a sua natureza, e que qualquer tentiva de sair desse círculo, irá tornar a sua vida uma mentira.

Ele acha que é um ser desmerecodor para a doce Julia, e apesar de não ter lido A Divina Comédia ainda, acredito que nos próximos livros, poderemos ver várias facetas desse Gabriel, e assim podermos conhecer ainda mais sobre esse personagem.

Eu acho ele pretencioso sim, mas isso não quer dizer que também não ahce que ele sabe tratar uma mulher, no caso a Julia, muito bem.

Agora quero saber mais o que tem ali.

 

As Ilustrações citadas em O Inferno de Gabriel

 

Para quem leu, ou para quem está interessado em ler, o livro faz diversas referências a obras de arte.

Sei que acontece, às vezes lemos um livro e falamos que depois vamos ver o que foi citado, mas o tempo passa e acabamos esquecendo, por isso abaixo segue as mais obras importantes citadas em O Inferno de Gabriel:

Dante e Beatriz de Henry Holiday

Henry Holiday - dante and beatrice

Pintura de 1884, se encontra atualmente na Walker Art Gallery em Liverpool

 

As Ilustrações de A Divina Comédia de Sandro Botticelli

Como são muitas, no link abaixo, vocês poderão encontrar todas, dispostas em ordem cronologia.

http://www.worldofdante.org/gallery_botticelli.html

A Primavera de Sandro Botticelli

A pintura de encontra atualmente na Galeria Uffizi em Florença

O Beijo de Auguste Rodin

*Não lembro se esse detalhes é citado no livro, mas como é de se imaginar, essa escultura foi inspirada em A Divina Comédia.

Atualmente no Museu Rodin em Paris

O Retorno do filho prodigo de Rembrant

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A pintura faz parte do acervo do Museu Herritage de São Petersburgo

 

Fanny Ladeira

 

Quase nada foi divulgado sobre a verdadeira identidade por trás do pseudônimo de Sylvain Reynard.  Sabemos que ele é canadense, já escreveu vários livros de não ficção e tem um profundo interesse pela arte e pela cultura renascentistas. Mas, embora declare ser do gênero masculino, seus fãs têm uma forte suspeita de que na verdade S.R. seja uma mulher. Para saber mais sobre as suas obras, acesse: http://www.sylvainreynard.com/

quinta-feira, 18 de abril de 2013

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Cinema no Restaurante: Now Is Good

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*Filme ainda não lançado no Brasil

Em um mundo perfeito, todas as adaptações de livros que eu gosto, seriam feitas com o cuidado que merecem.

Seriam feitas, não levando em conta só a necessidade de ser fiel aos mínimos detalhes da estórias, mas passariam aquele sentimento que o cada livro trás.

Sou fã, mas não sou xiita. Aceito que alterem detalhes, pelo bem da adaptação, desde que não seja uma coisa que altera a estória em si.

Por exemplo, em Harry Potter, não liguei de terem trocado a cor do vestido da Hermione no baile Tribruxo. Mas se tivessem trocado a cor do olho do Harry, afetaria toda a estória. (Mesmo com o próprio HP tendo o olho verde mais azul desse mundo, pelo menos eles entraram na onda!)

Com a adaptação de Antes de Morrer, não cheguei a ficar no meu mundo perfeito, mas ele ficou bem perto.

Falamos sobre o livro semana passada, e a estória é triste, tocante e cheia de momentos bonitos.

Tessa está morrendo de câncer, mas nem por isso ( e talvez ainda mais por isso), ela quer viver o máximo que conseguir.

Ela monta uma lista de coisas que quer fazer, e ao lado da sua Zoey(Kaya Scodelario), ela vai lutar contra os dias que lhe resta, e o seu protetor pai (Paddy Considine), para conseguir terminar a sua lista.

E quem sabe, até o seu novo vizinho, Adam (Jeremy Irvine), pode ajudar a cumpri-la?

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Que uma coisa fique clara: Now Is good não veio para revolucionar o cinema, muito pelo contrário. O tema é até um pouco batido, porém ele não deixa de ser menos importante, só porque ele veio depois.

Como disse, gosto quando o filme capta a essência do livro, consegue passá-lo para a tela, e esse filme conseguiu a improvável capacidade de conseguir encaixar, em menos de duas horas, um livro maravilhoso.

now-is-good-image-dakota-fanning-jeremy-irvineO roteiro não chegou a ser muito bem adpatado, mas as boas passgens do livro estão ali e auxiliam a deixar o texto mais bonito.

A direção de Ol Parker é precisa, e deu para perceber que ele teve bastante liberdade para trablhar ao redor do livro.

Apesar disso, achei algumas mudanças um pouco desnecessárias, e outras que mostrama melhor o drama e a falta de aceitação de Tessa da sua própria morte.

Dakota Fanning, interpreta uma boa Tessa (embora já tenha visto melhores atuações dela), enquanto achei Jeremy um pouco ‘preso’ em seu personagem, mas o casal tem um pouco de química o que ajuda.

937593_105O melhor aqui, é o pai de Tessa interpretado por Paddy Considine, que dá um show em todas as cenas, principalmente as tristes.

Ter lido o livro primeiro, ver o filme e depois reler o livro, me deu uma nova perspectiva de tudo.

Primeiro das cenas mais ‘sangrentas’ e dos tratamentos, ter visto as cenas e depois ter lido as descrições novamente, as tornaram ainda mais reais.

Além disso, tinha uma estranha ideia de que o livro se passava em Londres e eles mudaram para o filme, mas adivinha? Nunca é citado Londres no livro! *Fanny louca*

Só que sei que também não era uma cidade litorânea, devido a uma cena do livro, então fica tudo certo.

A cena mais bonita fica para o final, quando Tessa está terminando a sua jornada.

Chorei feito uma criança e realmente me deixei levar pela estória.

No meu mundo perfeito, essa adaptação teria sido um pouco diferente? Sim.

Mas é boa, muito boa.

Não é melhor que o livro, mas hey!

Quem falou que precisa ser?

 

Fanny Ladeira

 

Próxima Sessão: Minha nova paixão vai chegar aqui…

Simm! DOCTOR WHO!

Semana que vem, você vai conhecer as várias razões que tornam essa série sensacional!